Topo

Mauro Cezar Pereira

Galo empata no Uruguai ao estilo "briga de rua"

Mauro Cezar Pereira

05/02/2019 23h32

Crédito: REUTERS/Andres Stapff

Fora de casa e com dois gols assinalados no campo do adversário, o resultado de Danubio 2 x 2 Atlético não parece ruim para a equipe brasileira, mas pelo momento do clube uruguaio, poderia ser melhor. Como o blog mostrou antes da partida, La Franja não entrava em campo há mais de três meses, desde o encerramento de sua participação no último campeonato nacional, em 4 de novembro, quando perdeu para o Nacional por 1 a 0.

O Galo mostrou já ter assimilado o estilo de seu novo/velho treinador. Campeão da Copa do Brasil 2014 com o clube, Levir Culpi é assim, coloca em campo o estilo "briga de rua", como bem define o companheiro André Rocha, do UOL Esporte. Jogo franco, aberto, criando chances e oferecendo-as ao oponente. Uma troca de golpes constante que resultou em 31 finalizações, 19 do time mineiro e 12 do Danubio (12 a 4 em arremates certos).

Ao final do cotejo, 11 haviam sido desferidas apenas pelos centroavantes, Federico Rodríguez (5) e Ricardo Oliveira (6). O brasileiro marcou um par de gols e o uruguaio um. O goleiro Cristóforo fez nove defesas, Victor apenas duas, uma delas estupenda, com a perna, cara a cara com Olivera. Contudo, metade dos tiros do Danubio na direção certa se transformaram em gols.

O jogo da equipe mineira circulou mais pela faixa central, sem forçar tantas jogadas pelos lados. Dos 22 cruzamentos atleticanos, 18 no segundo tempo, dez com bola em movimento, nada menos do que 15 foram de Cazares, que deu uma assistência, para Ricardo Oliveira abrir o placar. Mas não alçando a pelota, mas em passe rasteiro, que o deixou livre ante o arqueiro. Ou seja, na etapa final o Galo assumiu ainda mais o estilo característico de Levir.

Era para o Atlético voltar ao Brasil com um resultado melhor. Em Belo Horizonte, as chances de classificação evidentemente são boas, contudo, o jogo excessivamente aberto sempre expõe a riscos. Se a defesa do Danubio estiver mais ajustada e resistir à pressão, as chances uruguaias obviamente irão crescer e dependerão se seus homens de frente, que certamente terão algumas oportunidades nesse jogo franco proposto pelo técnico brasileiro.

Em "briga de rua", o mais fraco sempre tem chance de dar o soco do nocaute.
follow us on Twitter

follow me on youtube

follow me on facebook

follow us on instagram

follow me on google plus

Sobre o autor

Mauro Cezar Pereira nasceu em Niterói (RJ) e é jornalista desde 1983, com passagens por vários veículos, como as Rádios Tupi e Sistema Globo. Escreveu em diários como O Globo, O Dia, Jornal dos Sports, Jornal do Brasil e Valor Econômico; além de Placar e Forbes, entre outras revistas. Na internet, foi editor da TV Terra (portal Terra), Portal AJato e do site do programa Auto Esporte, da TV Globo. Trabalhou nas áreas de economia e automóveis, entre outras, mas foi ao segmento de esportes que dedicou a maior parte da carreira. Lecionou em faculdades de Jornalismo e Rádio e TV. Colunista de O Estado de S. Paulo e da Gazeta do Povo, desde 2004 é comentarista dos canais ESPN e da Rádio Bandeirantes de São Paulo.

Sobre o blog

Trazer comentários sobre futebol e informações, eventualmente em primeira mão, são os objetivos do blog. O jornalista pode "estar" comentarista, mas jamais deixará de ser repórter.