Questão não é só matemática. Que tal falar do péssimo futebol do Palmeiras?
Mauro Cezar Pereira
02/11/2019 21h30
A atuação do Palmeiras, diante de sua torcida, tentando reduzir a desvantagem para o Flamengo e frente a um Ceará remendado, não foi algo digno de quem sonha ser campeão. Vitória com futebol fraco, polêmica, mesmo frente a um adversário mutilado e que nem lateral-esquerdo tinha.
Como futebol e jornalismo esportivo não são apenas matemática e não falta quem repita insistentemente que a diferença do líder para o vice caiu para cinco pontos, mas com um jogo a menos do primeiro colocado, que tal avançarmos na análise. O que dizer daquilo que se viu no gramado?
Se quiser levantar a taça novamente mostrando essa bola, o time de Mano Menezes dependerá de uma queda do líder, Flamengo, às profundezas da ruindade futebolística. Jorge Jesus terá que transformar, em novo tempo recorde, um ótimo futebol em pífio para ser inferior ao que se viu do time verde neste sábado.
Arbitragem de vídeo confirmou impedimento no gol do Ceará: polêmica – Reprodução TV
Se os rubro-negros foram questionados pelo apertado 1 a 0 sobre o CSA, o que dizer dessa atuação palmeirense? Weverton foi o melhor em campo e até pênalti pegou. Grandes defesas fez o arqueiro alviverde.
Se o Flamengo arrematou 17 vezes há seis dias, sete no alvo, contra seis da equipe alagoana, quatro certas; o Palmeiras somou oito (três no alvo) e o Ceará 12 (cinco na direção correta). Bem pior!
O Vozão foi melhor, não merecia perder, e teve um gol anulado no final que deixa enorme dúvida quanto à utilização do software e da decisão da arbitragem de vídeo. O pé de Gustavo Gomez parece dar condições. Vai ter muita discussão sobre.
É, mas o que parece indiscutível, como costuma dizer um companheiro, é que o Palmeiras, ao não encontrar a facilidade com a qual o São Paulo o brindou quatro dias antes, sofreu. Fraco futebol, jogou mal, venceu, mas não mereceu.
Sobre o autor
Mauro Cezar Pereira nasceu em Niterói (RJ) e é jornalista desde 1983, com passagens por vários veículos, como as Rádios Tupi e Sistema Globo. Escreveu em diários como O Globo, O Dia, Jornal dos Sports, Jornal do Brasil e Valor Econômico; além de Placar e Forbes, entre outras revistas. Na internet, foi editor da TV Terra (portal Terra), Portal AJato e do site do programa Auto Esporte, da TV Globo. Trabalhou nas áreas de economia e automóveis, entre outras, mas foi ao segmento de esportes que dedicou a maior parte da carreira. Lecionou em faculdades de Jornalismo e Rádio e TV. Colunista de O Estado de S. Paulo e da Gazeta do Povo, desde 2004 é comentarista dos canais ESPN e da Rádio Bandeirantes de São Paulo.
Sobre o blog
Trazer comentários sobre futebol e informações, eventualmente em primeira mão, são os objetivos do blog. O jornalista pode "estar" comentarista, mas jamais deixará de ser repórter.