O vareio de Sampaoli em Mano e a diferença entre o discurso e a realidade
Mauro Cezar Pereira
09/10/2019 23h21
Gustavo Henrique festeja o primeiro gol do Santos na vitória sobre o Palmeiras – Foto: Divulgação/SFC
Vareio. No dicionário, substantivo masculino que é definido como "estado de perturbação mental no qual o indivíduo profere disparates, diz coisas sem nexo". Ou então "estado de delírio; alucinação, desvario". No futebol, quando um time leva um baile do adversário, ou seja, é amplamente superado.
Assim foi Santos 2 x 0 Palmeiras, um vareio de Jorge Sampaoli em Mano Menezes, o técnico da retranca ganhadora de Copas do Brasil no Cruzeiro, que chegou ao campeão brasileiro com certa rejeição pelo passado corintiano e ameaçava mudar. Sim, mudar de postura, desejar mais a bola, adotar outro estilo de jogo, antigo anseio de muitos palmeirenses, por sinal.
Não foi assim no empate com o desfalcado Atlético Mineiro, em crise, no domingo passado, na casa alviverde. Muito menos na visita à Vila Belmiro, onde o Santos se impôs com enorme autoridade. Duelo vencido amplamente pelo argentino, no placar e no confronto entre treinadores. Mais um sinal do quão atrasado anda o futebol, praticado em terra brasilis, por alguns, muitos talvez, dos de (quase) sempre.
Sobre o autor
Mauro Cezar Pereira nasceu em Niterói (RJ) e é jornalista desde 1983, com passagens por vários veículos, como as Rádios Tupi e Sistema Globo. Escreveu em diários como O Globo, O Dia, Jornal dos Sports, Jornal do Brasil e Valor Econômico; além de Placar e Forbes, entre outras revistas. Na internet, foi editor da TV Terra (portal Terra), Portal AJato e do site do programa Auto Esporte, da TV Globo. Trabalhou nas áreas de economia e automóveis, entre outras, mas foi ao segmento de esportes que dedicou a maior parte da carreira. Lecionou em faculdades de Jornalismo e Rádio e TV. Colunista de O Estado de S. Paulo e da Gazeta do Povo, desde 2004 é comentarista dos canais ESPN e da Rádio Bandeirantes de São Paulo.
Sobre o blog
Trazer comentários sobre futebol e informações, eventualmente em primeira mão, são os objetivos do blog. O jornalista pode "estar" comentarista, mas jamais deixará de ser repórter.