Flamengo tem recaída, se expõe, mas vence na noite desastrosa de Guerrero
Mauro Cezar Pereira
25/09/2019 23h26
Jogadores do Flamengo comemoram gol nos 3 a 1 sobre o Internacional, no Maracanã
Um time que lidera o campeonato e leva um gol de adversário com nove homens apenas por isso tem sua atuação comprometida. Foi a mensagem de alerta que o Flamengo deixou para seu torcedor no jogo diante do Internacional, no Maracanã.
Os colorados podem se queixar da expulsão de Bruno, rigorosa, característica da arbitragem brasileira, extremamente intervencionista. Desta vez pelo apito de Luiz Flávio de Oliveira. Mas deve se queixar também de Paolo Guerrero, que deixou os companheiros na mão após um chilique injustificável que levou à sua expulsão, por ofensa.
Gabigol a em direção ao gol do Inter e é agarrado por Bruno, que acaba expulso: pênalti – Foto: Divulgação/CRF
O peruano tinha sangue a escorrer pelo rosto devido a um ferimento causado por disputa de bola normal entre ele e Rodrigo Caio, que também se machucou no lance. O descontrole do centroavante foi algo incompatível com atleta de sua experiência. As chances reduzidas de sua equipe naquela altura, com menos hm, foram pulverizadas pela reação desproporcional.
Mas todos sabem, especialmente os torcedores que o provocaram enquanto esteve em campo, que Guerrero é assim. Ele reclama demais e por isso coleciona cartões. Inacreditavelmente o camisa 9 pegou a pilha que vinha da arquibancada, a mesma que tanto já o festejou; e prejudicou sua equipe.
Guerrero faz gesto — Reprodução TV
Guerreiros mesmo forem os jogadores que permaneceram em campo pelo Inter. Especialmente Patrick, que ganhou de Willian Arão e Rodrigo Caio, ambos displicentes na jogada do tento de empate, feito por Edenílson. Tivesse pelo menos dez homens, o time gaúcho poderia complicar a vida do líder.
Foi a pior atuação do Flamengo em vários jogos. O exigente Jorge Jesus certamente não curtiu e terá que ajustar a equipe para que não flerte tanto com o perigo. Nem sempre terá em campo uma arbitragem exagerada nos cartões e um adversário tão empenhado em ganhar o dele.
Sobre o autor
Mauro Cezar Pereira nasceu em Niterói (RJ) e é jornalista desde 1983, com passagens por vários veículos, como as Rádios Tupi e Sistema Globo. Escreveu em diários como O Globo, O Dia, Jornal dos Sports, Jornal do Brasil e Valor Econômico; além de Placar e Forbes, entre outras revistas. Na internet, foi editor da TV Terra (portal Terra), Portal AJato e do site do programa Auto Esporte, da TV Globo. Trabalhou nas áreas de economia e automóveis, entre outras, mas foi ao segmento de esportes que dedicou a maior parte da carreira. Lecionou em faculdades de Jornalismo e Rádio e TV. Colunista de O Estado de S. Paulo e da Gazeta do Povo, desde 2004 é comentarista dos canais ESPN e da Rádio Bandeirantes de São Paulo.
Sobre o blog
Trazer comentários sobre futebol e informações, eventualmente em primeira mão, são os objetivos do blog. O jornalista pode "estar" comentarista, mas jamais deixará de ser repórter.