Messi melhor do mundo: festa da Fifa é brega, manipuladora e previsível
Mauro Cezar Pereira
23/09/2019 17h59
Lionel Messi faturou seu sexto prêmio de melhor do mundo pela Fifa – Foto: Marco Bertorello/AFP
A breguice de uma festa do Oscar sem os astros do cinema, mas sim com os do futebol, que são bem mais eficientes de calção e chuteiras controlando a pelota. Assim é a premiação dos melhores do ano que a Fifa promove e consegue, inacreditavelmente, transformar no assunto do dia, da semana até.
Roteiro previsível, tudo muito igual, como os três que duelaram pelo título e o vencedor. Messi leva para casa o troféu pela sexta vez, tendo, para variar, Cristiano Ronaldo como um dos três finalistas e Van Dijk no papel de figurante/intruso da vez, como ocorrera com Neuer, Ribéry, Iniesta, Xavi…
A grande questão é que tal premiação vale para criar fatos simpáticos à Fifa, que manipula e seduz a tantos. E ao mesmo tempo não faz algo de concreto contra o racismo no futebol, por exemplo, e seus dirigentes seguem trafegando em meio a todo tipo de políticos, ditadores e afins.
E fico a imaginar quantos jogos vários integrantes do amplo colégio eleitoral viram atentamente antes de votar nesse troféu do ego.
Sobre o autor
Mauro Cezar Pereira nasceu em Niterói (RJ) e é jornalista desde 1983, com passagens por vários veículos, como as Rádios Tupi e Sistema Globo. Escreveu em diários como O Globo, O Dia, Jornal dos Sports, Jornal do Brasil e Valor Econômico; além de Placar e Forbes, entre outras revistas. Na internet, foi editor da TV Terra (portal Terra), Portal AJato e do site do programa Auto Esporte, da TV Globo. Trabalhou nas áreas de economia e automóveis, entre outras, mas foi ao segmento de esportes que dedicou a maior parte da carreira. Lecionou em faculdades de Jornalismo e Rádio e TV. Colunista de O Estado de S. Paulo e da Gazeta do Povo, desde 2004 é comentarista dos canais ESPN e da Rádio Bandeirantes de São Paulo.
Sobre o blog
Trazer comentários sobre futebol e informações, eventualmente em primeira mão, são os objetivos do blog. O jornalista pode "estar" comentarista, mas jamais deixará de ser repórter.