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Pobre em repertório, Vasco não aproveita "ressaca" do Athletico e só empata

Mauro Cezar Pereira

22/09/2019 18h47

O goleiro Fernando Miguel sai para afastar o perigo na área vascaína – Foto: Divulgação/Miguel Locatelli/CAP

O Athletico ganhou a Copa do Brasil na noite de quarta-feira e de imediato Tiago Nunes decretou: "É ponto facultativo, não precisa ir trabalhar (na quinta-feira)", brincou. "As próximas noites serão pequenas", avisou o técnico. As reações pós-título inédito dos atleticanos dão ideia de como estava o time que enfrentou o Vasco, domingo, em São Januário, onde empataram por 1 a 1.

Já na madrugada de quarta para quinta-feira, os jogadores saíram do Beira-Rio, em Porto Alegre, carregando o troféu do mata-mata nacional. No dia seguinte, já em Curitiba, desfilaram em carro aberto pelas ruas ante uma multidão de rubro-negros eufóricos. Treinaram apenas sábado e no dia seguinte estavam no gramado de São Januário diante de um adversário que não entrava em campo há uma semana.

Nos uúltimos 30 jogos que disputou fora da Arena da Baixada pela Série A, ou seja, do ano passado até aqui Athletico venceu apenas quatro. E de "ressaca" pelo inédito título, era um adversário mais interessante do que o normal. Mas o time carioca em sua versão 2019 tem pequeno repertório futebolístico. Apenas 17º em posse de bola (só Ceará, Goiás e CSA ficam atrás) e sem variação de jogo, normal pelo nível do elenco, nada especial.

Sem conseguir se impor, levou o gol de Madson, seu ex-lateral-direito, aos 3 minutos do segundo tempo, e correu riscos. O Athletico criou novas chances após a abertura do placar e por pouco não ampliou. Mas se existe uma qualidade no atual Vasco é a luta, com apoio e compreensão de sua sofrida e solidária torcida. E o time lurou, correu, finalizou, buscou a reação.

Mereceu empatar, mas chegou à igualdade no pênalti, discutível, batido por Danilo Barcelos. Virou com Raul, mas o gol foi corretamente anulado por falta de Henríquez no goleiro Santos. Ao final os 17.427 vascaínos presentes à Colina aplaudiram o esforço da equipe, que venceu metade de seus oito jogos em São Januário, com dois empates e um par de derrotas e quatro pontos em nove disputados no estádio desde sua reabertura.

Claro que com o grupo de jogadores atual não é possível esperar uma corrida pela Libertadores, muito menos a luta pelo título. Mas a campanha nada tem de especial. Em valor de mercado, o elenco tem oito abaixo dele no ranking da Série A, segundo o site Transfermarket. Pelas folhas de pagamento, a posição é parecida. E na tabela de classificação, com 24 pontos, o Vasco é o 12º colocado e tem justamente oito equipes abaixo. Normal, normalíssimo.

 

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Sobre o autor

Mauro Cezar Pereira nasceu em Niterói (RJ) e é jornalista desde 1983, com passagens por vários veículos, como as Rádios Tupi e Sistema Globo. Escreveu em diários como O Globo, O Dia, Jornal dos Sports, Jornal do Brasil e Valor Econômico; além de Placar e Forbes, entre outras revistas. Na internet, foi editor da TV Terra (portal Terra), Portal AJato e do site do programa Auto Esporte, da TV Globo. Trabalhou nas áreas de economia e automóveis, entre outras, mas foi ao segmento de esportes que dedicou a maior parte da carreira. Lecionou em faculdades de Jornalismo e Rádio e TV. Colunista de O Estado de S. Paulo e da Gazeta do Povo, desde 2004 é comentarista dos canais ESPN e da Rádio Bandeirantes de São Paulo.

Sobre o blog

Trazer comentários sobre futebol e informações, eventualmente em primeira mão, são os objetivos do blog. O jornalista pode "estar" comentarista, mas jamais deixará de ser repórter.


Mauro Cezar Pereira