São Paulo joga mal de novo, quase perde para o CSA e isso não tem desculpa
Mauro Cezar Pereira
15/09/2019 22h06
O atacante Pablo, que passou bom tempo lesionado, no empate do São Paulo com o CSA
A maioria dos 29.997 torcedores que estiveram no Morumbi na noite de domingo voltou para casa irritada. Eram são-paulinos desapontados com mais uma sofrível atuação em casa de sua equipe, que apenas empatou com o aguerrido CSA, que tem elenco várias vezes mais barato do que o são-paulino. Placar de 1 a 1 arrancando com imensa dificuldade.
Números do TruMedia/ESPN mostram, entre os times da Série A, os tricolores com o pior aproveitamento como mandantes na temporada, 48,3%: apenas seis vitórias, 11 empates e três derrotas. Com Cuca no comando técnico a equipe perdeu uma vez, venceu quatro e sete pelejas foram encerradas com o placar em igualdade. Índice de 52,8%.
Nos 90 minutos de peleja, o que se viu foi um São Paulo confuso, afobado, se repertório, incapaz de transformar o potencial técnico de seus jogadores em jogo coletivo com a qualidade necessária para superar a defesa fechada que o time alagoano levou a campo. Postura absolutamente previsível, esperada. Não houve surpresa alguma.
Com semanas livres para treinar, fica a pergunta: o que fazem os tricolores no dia-a-dia do Centro de Treinamentos? Claro que os atletas trabalham sob o comando de sua comissão técnica, mas a qualidade dessas atividades, o que é elaborado e aplicado estaria correto? Seria o bastante? Por que o campo nos leva a imaginar que não.
Se Cuca recebeu oito atletas nesse empate, entre lesionados e suspensos, evidentemente é razoável aceitar seus argumentos na coletiva após o cotejo, quando lembrou tais problemas, entre eles a falta de atacantes. Mas o adversário, muito mais modesto, enfrenta problemas muito maiores em sua rotina. E quase venceu. Isso não tem explicação.
Sobre o autor
Mauro Cezar Pereira nasceu em Niterói (RJ) e é jornalista desde 1983, com passagens por vários veículos, como as Rádios Tupi e Sistema Globo. Escreveu em diários como O Globo, O Dia, Jornal dos Sports, Jornal do Brasil e Valor Econômico; além de Placar e Forbes, entre outras revistas. Na internet, foi editor da TV Terra (portal Terra), Portal AJato e do site do programa Auto Esporte, da TV Globo. Trabalhou nas áreas de economia e automóveis, entre outras, mas foi ao segmento de esportes que dedicou a maior parte da carreira. Lecionou em faculdades de Jornalismo e Rádio e TV. Colunista de O Estado de S. Paulo e da Gazeta do Povo, desde 2004 é comentarista dos canais ESPN e da Rádio Bandeirantes de São Paulo.
Sobre o blog
Trazer comentários sobre futebol e informações, eventualmente em primeira mão, são os objetivos do blog. O jornalista pode "estar" comentarista, mas jamais deixará de ser repórter.