"Coração" de Balotelli decidiu pela Itália diante da proposta do Flamengo
Mauro Cezar Pereira
16/08/2019 13h50
Balotelli sai, substituído por Mancini no Manchester City – Foto: Andrew Yates/AFP
A questão pessoal, familiar, a oportunidade de atuar pelo time da cidade onde cresceu, Brescia, de volta à Serie A italiana após oito anos, foram fatores decisivos na escolha de Mario Balotelli pelo time da Lombardia. O aspecto econômico não era o maior obstáculo na tentativa rubro-negra de contar com o atacante italiano, encerrada na quinta-feira.
Nos contatos com o trio que foi à Europa negociar pelos rubro-negros (o vice-presidente de futebol, Marcos Braz; o diretor executivo, Bruno Spindel; e o advogado contratado pelo clube, Marcos Motta), ficou o entendimento de que Balotelli compreendeu o que significaria a mudança para o Brasil. O peso do Flamengo no país, sua popularidade.
O goleador colocou na balança questões como a complexidade de uma mudança para o Rio de Janeiro, onde o time e a torcida o esperariam. E com a expectativa de que desse retorno técnico instantâneo na Libertadores e Brasileiro. Ficando na Itália, acredita que tenha maiores chances de voltar à seleção, comandada por Roberto Mancini, seu treinador no Manchester City.
Apesar de não conseguir o artilheiro, o clube entende que foi importante marcar presença no mercado europeu. O nome do Flamengo esteve na mídia internacional por vários dias e a chance de contratar Balotelli foi real, algo inimaginável há poucos anos. Além disso, houve uma abertura para contatos com Mino Raiola, poderoso agente do atleta, em futuras negociações.
Sobre o autor
Mauro Cezar Pereira nasceu em Niterói (RJ) e é jornalista desde 1983, com passagens por vários veículos, como as Rádios Tupi e Sistema Globo. Escreveu em diários como O Globo, O Dia, Jornal dos Sports, Jornal do Brasil e Valor Econômico; além de Placar e Forbes, entre outras revistas. Na internet, foi editor da TV Terra (portal Terra), Portal AJato e do site do programa Auto Esporte, da TV Globo. Trabalhou nas áreas de economia e automóveis, entre outras, mas foi ao segmento de esportes que dedicou a maior parte da carreira. Lecionou em faculdades de Jornalismo e Rádio e TV. Colunista de O Estado de S. Paulo e da Gazeta do Povo, desde 2004 é comentarista dos canais ESPN e da Rádio Bandeirantes de São Paulo.
Sobre o blog
Trazer comentários sobre futebol e informações, eventualmente em primeira mão, são os objetivos do blog. O jornalista pode "estar" comentarista, mas jamais deixará de ser repórter.