Cruzeiro de Mano perde 8º jogo em 16 e tem um chute no alvo em 203 minutos
Mauro Cezar Pereira
28/07/2019 12h44
São oito derrotas em 16 jogos, sete empates e somente uma vitória. O retrospecto do Cruzeiro é assustador, constrangedor, uma vergonha. Mano Menezes e sua estratégia ultra-defensiva conduziu o clube a títulos nos dois últimos anos, mas em 2019 mergulhou na mediocridade estratégica, não por acaso o clube mandou a bola na direção do gol adversário uma vez nos dois últimos compromissos, contra River Plate e Athletico.
Os rubro-negros, que raramente vencem fora de Curitiba, fizeram 2 a 0 no Mineirão e os cruzeirenses finalizara uma só vez no alvo, com Deivid, fraquinho, a nove minutos de partida. Nas duas vezes que o time paranaense arrematou na direção certa, fez seus gols. Antes o Cruzeiro finalizou na direção da meta adversária aos 22 minutos do segundo tempo no empate sem gols com o Bahia, que jogou com 10 homens desde os 43 minutos da primeira etapa, quando Arthur Caíke foi expulso.
O já distante chute, de longe, desferido por David que fez o goleiro Douglas, do tricolor baiano, trabalhar, aconteceu uma semana antes da oitava derrota celeste nesses 16 cotejos. Ok, o Cruzeiro jogou com um time repleto de reservas diante dos atleticanos, mas nem isso justifica tanto tempo sem sequer mandar a bola na direção do gol. Detalhe, mesmo com 10 apenas o Bahia fez o arqueiro celeste Rafael trabalhar em tiros de Lucca e Juninho.
Há cinco jogos sem fazer um gol, há nove sem vencer na Série A, o Cruzeiro na terça-feira não poderá se contentar com o empate para avançar na Libertadores. O time dirigido por Mano Menezes terá de vencer o River Plate em Belo Horizonte, nem que seja nos pênaltis. Resta saber qual será a estratégia do treinador. Fará sua equipe atacar, buscar pelo menos um tento, ou torcerá para que algum jogador do time argentino faça um generoso gol contra?
Sobre o autor
Mauro Cezar Pereira nasceu em Niterói (RJ) e é jornalista desde 1983, com passagens por vários veículos, como as Rádios Tupi e Sistema Globo. Escreveu em diários como O Globo, O Dia, Jornal dos Sports, Jornal do Brasil e Valor Econômico; além de Placar e Forbes, entre outras revistas. Na internet, foi editor da TV Terra (portal Terra), Portal AJato e do site do programa Auto Esporte, da TV Globo. Trabalhou nas áreas de economia e automóveis, entre outras, mas foi ao segmento de esportes que dedicou a maior parte da carreira. Lecionou em faculdades de Jornalismo e Rádio e TV. Colunista de O Estado de S. Paulo e da Gazeta do Povo, desde 2004 é comentarista dos canais ESPN e da Rádio Bandeirantes de São Paulo.
Sobre o blog
Trazer comentários sobre futebol e informações, eventualmente em primeira mão, são os objetivos do blog. O jornalista pode "estar" comentarista, mas jamais deixará de ser repórter.