Raro destaque da seleção, Everton Cebolinha ainda não tem proposta europeia
Mauro Cezar Pereira
28/06/2019 10h34
Everton Cebolinha vem sendo observado há tempos por importantes clubes da Europa
Valorizado, observado, desejado, Everton Cebolinha ainda não tem proposta do futebol internacional. Oficialmente nada chegou aos que fazem a gestão de carreira do atacante gremista, um dos poucos que escapam de críticas na seleção brasileira que disputa a Copa América.
O jogador, desde a base do Grêmio, é observado pelos analistas dos clubes no Brasil. Com seu crescimento e expectativa correspondida, tais análises se aprofundaram, pois em um ano o Everton atingiu protagonismo e crescimento muito grandes, arregalando olhos no mercado.
Muito se fala no Manchester City, que o observa há mais tempo. Mas proposta concreta o time de Pep Guardiola ainda não fez chegar. O bicampeão inglês tem observado a Copa América, como fez quando o Grêmio enfrentou Universidad Católica, pela Libertadores, e Juventude, na Copa do Brasil.
Mais clubes seguem de olho em Everton Cebolinha, mas nas últimas vezes que o observaram em jogos do Grêmio, já pareciam satisfeitos. Faltava vê-lo em ação pela seleção, com jogadores que jogam no nível europeu.
No jogo esse contra a Universidad Católica o observador do Manchester City disse: "Aqui ele não tem mais o que fazer", entendendo que precisava de ação e minutos em um nível mais próximo da realidade européia.
Mais clubes da Europa observaram o atacante in loco. Casos do Bayern Munique e Borussia Dortmund, na Libertadores e no Brasileiro do ano passado; e Manchester United na Libertadores 2018. O Milan manteve contato com o agente do atleta quando Leonardo era o diretor, mas só consultou.
Nos últimos dias, algumas informações davam conta de proposta do Manchester City na casa dos €40 milhões. O blog apurou que, se tivesse chegado tal cifra, Everton já teria sido vendido. O Grêmio quer negociar para que não se repita o que houve com Luan, que ficou e o rendimento caiu.
Everton chegou ao tricolor gaúcho, por empréstimo, do Fortaleza. Na época a divisão dos direitos econômicos ficou assim: Grêmio 50%; Gilmar Veloz 30%; Fortaleza 10% e 10% de Celso Rigo, parceiro do Grêmio que a viabilizou a vinda de muitos jogadores.
Mas em uma negociação desse porte partes provavelmente terão que abrir mão de algo. Arthur, vendido ao Barcelona, tinha 30% vinculado ao empresário e foi preciso um meio termo para que o negócio fosse concretizado.
Sobre o autor
Mauro Cezar Pereira nasceu em Niterói (RJ) e é jornalista desde 1983, com passagens por vários veículos, como as Rádios Tupi e Sistema Globo. Escreveu em diários como O Globo, O Dia, Jornal dos Sports, Jornal do Brasil e Valor Econômico; além de Placar e Forbes, entre outras revistas. Na internet, foi editor da TV Terra (portal Terra), Portal AJato e do site do programa Auto Esporte, da TV Globo. Trabalhou nas áreas de economia e automóveis, entre outras, mas foi ao segmento de esportes que dedicou a maior parte da carreira. Lecionou em faculdades de Jornalismo e Rádio e TV. Colunista de O Estado de S. Paulo e da Gazeta do Povo, desde 2004 é comentarista dos canais ESPN e da Rádio Bandeirantes de São Paulo.
Sobre o blog
Trazer comentários sobre futebol e informações, eventualmente em primeira mão, são os objetivos do blog. O jornalista pode "estar" comentarista, mas jamais deixará de ser repórter.