Neymar fora da seleção brasileira era óbvia necessidade
Mauro Cezar Pereira
06/06/2019 09h50
Neymar em ação no amistoso diante da seleção do Catar, em Brasiília: corte por lesão
Cortado por lesão, Neymar não disputará a Copa América. E nem teria como, em meio a tantos problemas fora do campo de futebol, o mais recente dele, a acusação de estupro, com verdadeiros contornos novelîsticos, são entrevistas, postagens em rede social, advogados, vídeos vazados…
Como ter cabeça para disputar uma competição na qual a seleção brasileira, atuando em casa, entrará na cancha pressionada a ser campeã? Ainda mais sendo o principal atleta do grupo, com mais poder do que os dirigentes da CBF, a comissão técnica e todos os demais jogadores reunidos?
Faltou coragem aos cartolas, especialmente Edu Gaspar, o que trabalha diretamente com o grupo; e ao treinador para uma decisão profissional, As tentativas de tapar o sol com a peneira, que se estenderam à entrevista da dupla após a vitória (2 a 0) no amistoso com o Catar, foram constrangedoras.
Tite seguiu falando como se fosse técnico de uma seleção pequena, sem camisa, sem história, sem tradição, que circunstancialmente tem um jogador que é visto como um dos melhores do planeta. Na realidade, a postura subserviente diante de Neymar o fazia parece maior do que a seleção.
Ele teria o que acrescentar nas quatro linhas, desde que demonstrasse incrível capacidade de esquecer a montanha de problemas que tem no momento para jogar futebol, concentração e calma de monge budista, o que não parece possuir. Sua saída era uma necessidade mais do que óbvia.
Sobre o autor
Mauro Cezar Pereira nasceu em Niterói (RJ) e é jornalista desde 1983, com passagens por vários veículos, como as Rádios Tupi e Sistema Globo. Escreveu em diários como O Globo, O Dia, Jornal dos Sports, Jornal do Brasil e Valor Econômico; além de Placar e Forbes, entre outras revistas. Na internet, foi editor da TV Terra (portal Terra), Portal AJato e do site do programa Auto Esporte, da TV Globo. Trabalhou nas áreas de economia e automóveis, entre outras, mas foi ao segmento de esportes que dedicou a maior parte da carreira. Lecionou em faculdades de Jornalismo e Rádio e TV. Colunista de O Estado de S. Paulo e da Gazeta do Povo, desde 2004 é comentarista dos canais ESPN e da Rádio Bandeirantes de São Paulo.
Sobre o blog
Trazer comentários sobre futebol e informações, eventualmente em primeira mão, são os objetivos do blog. O jornalista pode "estar" comentarista, mas jamais deixará de ser repórter.