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Flamengo segue vivendo da mentira chamada campeonato estadual

Mauro Cezar Pereira

24/02/2019 19h45

Gabriel Barbosa, o Gabigol, perdeu algumas chances, mas enfim fez seu primeiro gol pelo Flamengo

O placar de 4 a 1 dá a falsa sensação a quem não acompanhou a partida de que o Flamengo teve uma bela atuação. Mas a fragilidade do Americano é imensa e explica o resultado (veja, por exemplo, a falha dupla de Júnior Santos no terceiro gol, marcado por Gabriel). Por mais que tenha apresentado futebol pobre, paupérrimo para um elenco tão caro e recheado de bons jogadores, não haveria como sair do Maracanã sem um triunfo folgado.

No primeiro tempo o time de Abel Braga despejou cruzamentos, incapaz de trabalhar a bola, se impor tecnicamente e com isso derrotar o frágil oponente. Numa das das 16 bolas alçadas (32 no total) sobre a área do time de Campos, fez 1 a 0 a um minuto, com Vitinho. A fragilidade do Americano é tamanha que chamava atenção a dificuldade rubro-negra para trocar passes, o que melhorou após o intervalo (cresceu em mais de 30%) .

Como nos 4 a 0 sobre o também modesto time de Cabo Frio, no segundo tempo o Flamengo chegou aos quatro tentos. Com  o passar do tempo, perdendo e mais cansado, o sparring, aliás, o adversário do time grande no campeonato carioca costuma pregar e as coisas ficam mais fáceis. Fato é que hoje o time mais caro do Rio de Janeiro está distante de um nível realmente competitivo. Para alcançar seus objetivos será preciso mudar.

Nas sete partidas pelo Estadual, o Flamengo enfrentou, além de Botafogo (vitória por 2 a 1) e Fluminense (derrota por 1 a 0) times do nível de Resende (1 a 1), Americano, Bangu (2 a 1), Boavista (3 a 1) e Cabofriense. Este último o único que não conseguiu marcar nos rubro-negros. Não se trata de um sistema defensivo exemplar, como mostrou o jogo e o gol sofrido neste domingo, em falha de Rodinei. Foi uma das 10(!) finalizações do time de Campos (cinco no alvo).

O Flamengo de Abel joga buscando espaços, quer atrair o oponente para ter campo e acelerar. Nem todos o concederão e a maioria dos que terá pela frente será bem superior ao limitado grupo de jogadores do Americano. Atuar assim fora de casa contra rivais fortes é aceitável, claro, mas diante de sua torcida e contra equipes tão fraquinhas, é inexplicável. Hora de ter muito cuidado com a mentira chamada campeonato estadual.

 

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Sobre o autor

Mauro Cezar Pereira nasceu em Niterói (RJ) e é jornalista desde 1983, com passagens por vários veículos, como as Rádios Tupi e Sistema Globo. Escreveu em diários como O Globo, O Dia, Jornal dos Sports, Jornal do Brasil e Valor Econômico; além de Placar e Forbes, entre outras revistas. Na internet, foi editor da TV Terra (portal Terra), Portal AJato e do site do programa Auto Esporte, da TV Globo. Trabalhou nas áreas de economia e automóveis, entre outras, mas foi ao segmento de esportes que dedicou a maior parte da carreira. Lecionou em faculdades de Jornalismo e Rádio e TV. Colunista de O Estado de S. Paulo e da Gazeta do Povo, desde 2004 é comentarista dos canais ESPN e da Rádio Bandeirantes de São Paulo.

Sobre o blog

Trazer comentários sobre futebol e informações, eventualmente em primeira mão, são os objetivos do blog. O jornalista pode "estar" comentarista, mas jamais deixará de ser repórter.


Mauro Cezar Pereira