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Negociação com o Vasco para uso do Maracanã explica a briga Odebrecht x Flu

Mauro Cezar Pereira

17/02/2019 13h09

Maracanã deserto: perspectiva de uma Taça Guanabara com a final sem torcedores no estádio

Fluminense e Vasco duelam abertamente pelo direito de posicionar seus torcedores prioritariamente no lado direito (sul) do Maracanã. O imbróglio resultou na decisão da justiça pela Taça Guanabara sendo decidida sem público. Em meio à política interna dos clubes que turbina essa briga, a Maracanã S.A. – empresa com gestão independente, mas que integra o grupo Odebrecht – se afasta dos tricolores e se aproxima dos vascaínos.

A detentora da concessão do Maracanã negocia com o Vasco para que lá dispute os clássicos e competições internacionais, cotejos de maior apelo para o público. "Há o plano de investimento de modernização de São Januário. Elaboramos um entendimento que envolve camarotes, jogos, visitação, em outros pontos operacionais e comerciais", adianta Mauro Sahade Darzé Diretor Presidente Complexo Maracanã Entretenimento S.A.

Clique aqui e entenda as raízes históricas da briga pelo lado sul do Maracanã

O obstáculo para um acordo entre Maracanã S.A. e Vasco está, aos poucos, sendo removido com a torcida do Fluminense sendo retirada do lado direito. O sul foi a opção tricolor quando fechou acordo com o consórcio que administra a "arena", em 2013. Tal contrato se mostrou, pouco depois, péssimo para os gestores do estádio e favorável ao clube. Desde então ajustes foram feitos, mas sem satisfação plena em momento algum.

A Maracanã S.A. alega que o Fluminense está inadimplente. "Nos deve na ordem de grandeza de R$ 1,3 milhão e aos prestadores de serviço R$ 2 milhões", contabiliza Mauro Darzé. Ele destaca que "já existe um processo na justiça" e garante que, pelo contrato, poderá a torcida ser alocada em outros setores, quando os tricolores forem visitantes – o contrato cita "mediar acordo". É o caso da decisão frente ao Vasco, sorteado como mandante.

No acordo esboçado para que os vascaínos utilizem mais vezes a "arena" , quem adquirir camarote no estádio vascaíno, possivelmente remodelado, poderá também usar os do Maracanã, cujas bilheterias venderiam ingressos de partidas disputadas no campo do clube. O sócio torcedor preservaria, nos dois locais, um posicionamento semelhante para acompanhar os jogos de seu time. "E há, ainda, a possibilidade de patrocinadores de São Januário terem entendimento conosco", acrescenta Mauro Darzé. Não é um triangulo amoroso, mas um namoro forte. E o Fluminense parece "sobrar".

 

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Sobre o autor

Mauro Cezar Pereira nasceu em Niterói (RJ) e é jornalista desde 1983, com passagens por vários veículos, como as Rádios Tupi e Sistema Globo. Escreveu em diários como O Globo, O Dia, Jornal dos Sports, Jornal do Brasil e Valor Econômico; além de Placar e Forbes, entre outras revistas. Na internet, foi editor da TV Terra (portal Terra), Portal AJato e do site do programa Auto Esporte, da TV Globo. Trabalhou nas áreas de economia e automóveis, entre outras, mas foi ao segmento de esportes que dedicou a maior parte da carreira. Lecionou em faculdades de Jornalismo e Rádio e TV. Colunista de O Estado de S. Paulo e da Gazeta do Povo, desde 2004 é comentarista dos canais ESPN e da Rádio Bandeirantes de São Paulo.

Sobre o blog

Trazer comentários sobre futebol e informações, eventualmente em primeira mão, são os objetivos do blog. O jornalista pode "estar" comentarista, mas jamais deixará de ser repórter.


Mauro Cezar Pereira