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Aula, banho de bola de Diniz em Abel, na justa vitória tricolor no Fla-Flu

Mauro Cezar Pereira

15/02/2019 00h53

1) Caio Henrique tira a bola de Arrascaeta; 2) Ela vai na direção de Aírton, que toca a Yony González; 3) O colombiano corre sem tocá-la, até que cruza; 4) Luciano chega batendo para o gol; 5) Festa, justíssima, com a vitória do Fluminense, mais pobre financeira e tecnicamente, bem mais rico em ideias e futebol

Mais posse de bola (61,5% contra 38,5%), mais passes certos trocados (423 contra 267), mais finalizações (10 a 8) e um gol a mais. Os números e o campo mostraram a vitória do Fluminense sobre o Flamengo como a vitória da coragem e do futebol jogado com organização sobre a covardia e bangunça tática de uma equipe sem repertório.

A diferença do que fizeram com seus atletas Abel Braga e Fernando Diniz foi imensa como a que separa o poderio econômico atual dos rubro-negros e a as dificuldades financeiras que atormentam os tricolores. Não se sabe o que vai acontecer no futuro, mas na quinta-feira foi uma aula, um banho de bola.

A única possibilidade de triunfo do Flamengo passava pela individualidade de seus caros jogadores. E justamente o que mais dinheiro custou, Arrascaeta, falhou individualmente na jogada que definiu o clássico. O jogo coletivo do Fluminense foi muito superior e tivesse mais qualidade do meio para a frente, o time de Diniz venceria com gols marcados bem antes.

Foi um show do jovem treinador, que abriu mão dos laterais (saíram Ezequiel e Marlon, substituídos por Calazans e Caio Henrique) e em seus lugares lançou jogadores mais agudos para agredir pelos lados e criar situações. Desde o primeiro tempo ele desenhou o triunfo alcançado no final do clássico.

E foi a partir do bote de um desses homens que o Fluminense construiu a jogada que lhe deu a vaga na final do turno, domingo, contra o Vasco, valendo a Taça Guanabara. Caio Henrique tirou a bola de Arrascaeta, daí para Airton, que tocou a Yony, este cruzou e Luciano decidiu. Gol! Tudo de primeira!

Uma vitória categórica, do ousado e novo sobre o velho e obsoleto. Noite vitoriosa de Diniz e orgulho tricolor. Noite da derrota de Abel, seu conservadorismo, falta de repertório e de vergonha rubro-negra.

O dinheiro pesa, mas obviamente não é tudo. Ainda bem. O Fluminense, hoje, é claramente mais pobre financeira e tecnicamente do que o Flamengo, mas se mostrou muito mais rico em ideias, coragem e futebol.

 

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Sobre o autor

Mauro Cezar Pereira nasceu em Niterói (RJ) e é jornalista desde 1983, com passagens por vários veículos, como as Rádios Tupi e Sistema Globo. Escreveu em diários como O Globo, O Dia, Jornal dos Sports, Jornal do Brasil e Valor Econômico; além de Placar e Forbes, entre outras revistas. Na internet, foi editor da TV Terra (portal Terra), Portal AJato e do site do programa Auto Esporte, da TV Globo. Trabalhou nas áreas de economia e automóveis, entre outras, mas foi ao segmento de esportes que dedicou a maior parte da carreira. Lecionou em faculdades de Jornalismo e Rádio e TV. Colunista de O Estado de S. Paulo e da Gazeta do Povo, desde 2004 é comentarista dos canais ESPN e da Rádio Bandeirantes de São Paulo.

Sobre o blog

Trazer comentários sobre futebol e informações, eventualmente em primeira mão, são os objetivos do blog. O jornalista pode "estar" comentarista, mas jamais deixará de ser repórter.


Mauro Cezar Pereira