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Corinthians usa contraveneno para vencer, novamente, na casa do Palmeiras

Mauro Cezar Pereira

02/02/2019 20h42

Os 63,3% de posse de bola do Palmeiras contra os 36,7% do Corinthians resultaram numa avalanche de finalizações alviverdes no clássico do Allianz Parque: 26 a 6, segundo os números do Footstats. Contudo, os alvinegros foram mais precisos, com quatro arremates no alvo contra apenas um dos mandantes. O duelo deste sábado deixou evidente que, quando um time não sabe o que fazer com a bola, ela pode ser mais problema do que solução.

O Palmeiras ganhou o Campeonato Brasileiro de forma incontestável, mas ficando pouco com a bola (12º no ranking de posse). Na campanha invicta com a comissão técnica de Luiz Felipe Scolari ano passado, saiu atrás no placar apenas três vezes em 28 jogos. Empatou com Bahia, Atlético e Paraná, não virou uma vez sequer na campanha de campeão. Na maioria das vezes (15), o time fez o primeiro gol da peleja.

Em apenas um compromisso os palmeirenses cederam o empate. Foi no 1 a 1 com o Flamengo no Rio de Janeiro, resultado que foi recebido como vitória, pelas circunstâncias, olhando a tabela de classificação — tinha quatro pontos de vantagem sobre os rubro-negros a sete rodadas do fim. E a equipe vinha de um jogo dificílimo na Argentina, onde perdeu para o Boca Juniors, seu adversário pela Copa Libertadores apenas quatro dias depois.

Fato é que um dos segredos do sucesso do Palmeiras na Série A 2018 não tem nada de secreto: o time costumava sair na frente no placar e, ao alcançar a vantagem, complicava o adversário, tanto que venceu todos os compromissos nos quais fez 1 a 0, exceto aquele do Maracanã. Já nas duas eliminações com o comando de Scolari, o time levou o primeiro gol nos quatro jogos, dois diante do Boca e mais um par contra o Cruzeiro, pela Copa do Brasil.

Em desvantagem, o Palmeiras sofre se encarar um adversário capaz de se defender bem, como fez o Corinthians no Allianz Parque. Trabalhar a bola, buscar os espaços, a penetração capaz de furar o bloqueio inimigo… Não, isso não faz parte do repertório da equipe, em que pese a fartura técnica, com muitos bons jogadores. E tome bola na área do rival, foram 53 cruzamentos, além de 32 rebatidas, quase tantas quanto as dos corintianos (35), mesmo quase todo o tempo no ataque.

A postura alvinegra não foi muito diferente do que os alviverdes fizeram na Bombonera, contra o Boca, e Flamengo, no Rio. Time fechado, afastando a pelota para segurar o placar que lhe interessava. Felipão é assim. Quando preciso, Fábio Carille também. Em alguns jogos dá certo, em outros não, principalmente se o time de Scolari levar o primeiro gol. Neste sábado, o Corinthians, campeão paulista no território rival há exatos 300 dias, usou contra o Palmeiras um eficiente contraveneno.

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Sobre o autor

Mauro Cezar Pereira nasceu em Niterói (RJ) e é jornalista desde 1983, com passagens por vários veículos, como as Rádios Tupi e Sistema Globo. Escreveu em diários como O Globo, O Dia, Jornal dos Sports, Jornal do Brasil e Valor Econômico; além de Placar e Forbes, entre outras revistas. Na internet, foi editor da TV Terra (portal Terra), Portal AJato e do site do programa Auto Esporte, da TV Globo. Trabalhou nas áreas de economia e automóveis, entre outras, mas foi ao segmento de esportes que dedicou a maior parte da carreira. Lecionou em faculdades de Jornalismo e Rádio e TV. Colunista de O Estado de S. Paulo e da Gazeta do Povo, desde 2004 é comentarista dos canais ESPN e da Rádio Bandeirantes de São Paulo.

Sobre o blog

Trazer comentários sobre futebol e informações, eventualmente em primeira mão, são os objetivos do blog. O jornalista pode "estar" comentarista, mas jamais deixará de ser repórter.


Mauro Cezar Pereira