A conta paga e a conta que chegou resumem momentos de Flamengo e Cruzeiro
Em 2013, Flamengo e Cruzeiro ganharam os títulos de âmbito nacional no Brasil. Os rubro-negros, com um elenco fraco e de forma inesperada, ficaram com a Copa do Brasil, enquanto o forte time celeste faturava o campeonato brasileiro da primeira divisão, abrindo caminho para um bi, alcançado de forma incontestável em 2014. Mas eram clubes em momentos antagônicos.
Se os rubro-negros começavam naquele ano a acertar as contas com o passado de gastança desenfreada, renegociando dívidas, cortando despesas, abrindo mão de bons jogadores que não tinha como pagar, os cruzeirenses iam na contramão disso. O retorno técnico aconteceu, mas as finanças foram duramente atingidas com gastos desproporcionais por anos.
Ainda assim, 2013 fechou com o Cruzeiro devendo R$ 143 milhões e o Flamengo R$ 628. Ao final de 2018, o clube mineiro tinha dívida crescente acima de R$ 427 milhões e o carioca abaixo dos R$ 400 milhões, com receita muito superior. Enquanto um se fortalece, elimina obstáculos, o outro vê as forças se esvaírem a cada dia, envolvido em problemas de toda ordem.
Após perder para o Grêmio por 2 a 0, o Cruzeiro depende de uma vitória sobre o Palmeiras, domingo, em Belo Horizonte, e uma derrota do Ceará para o Botafogo, no Rio de Janeiro. Sem tal combinação, pela primeira vez irá para a segunda divisão do país. O Flamengo, por sua vez, é campeão brasileiro e da Libertadores, feito inédito desde a criação do campeonato nacional em pontos corridos. E fechou sua presença no Maracanã com 6 a 1 sobre o Avaí.
Enquanto boa parte da torcida rubro-negra suportava times ruins e pagamentos de dívidas, não eram poucos os cruzeirenses que vibravam com os resultados, pouco se importando com as esperadas consequências de seguidas gestões financeiramente irresponsáveis. Não faltaram os defensores incondicionais dos cartolas que levavam as finanças estreladas para o buraco. Uma conta está sendo paga, a outra chegou. Estão aí os resultados.
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