Corintiano, Witzel pega carona nos títulos do Flamengo: um gol contra

Policiais entram em confronto com torcedores do Flamengo – Foto: Ricardo Soares/Reuters

Em meio a tantos acertos no futebol, inclusive a correção de rumo com a contratação de Jorge Jesus após Abel Braga pedir demissão, os dirigentes do Flamengo expuseram o clube ao inserir o governador Wilson Witzel nas festividades pelo título da Copa Libertadores. Nada justifica tamanho espaço concedido ao político corintiano.

Óbvio que ao lerem as primeiras linhas do texto, defensores do ocupante do Palácio Guanabara começam a quicar. Mas ao contrário do que imaginam, não se trata de tratamento diferenciado a políticos em função do lado, se de esquerda ou de direita. Witzel simplesmente não deveria estar ali, em destaque. Político algum deveria.

Witzel no carro do Flamengo: corintiano

Entre outras razões por não ser rubro-negro, por, obviamente, não compartilhar o sentimento de euforia incomensurável dos torcedores do clube, justamente por não ser um deles. Evidentemente trata-se de alguém aproveitando a visibilidade proporcionada pelo futebol, utilizando o clube campeão.

Para completar, a polícia do governo dele entrou em confronto com grupos que lá estavam. Sobrou até para quem realmente tinha de ali estar para festejar, ou seja, torcedores do Flamengo. O governador se caracteriza por ideias no mínimo polêmicas envolvendo segurança pública.

Entre os que não se incomodam com Witzel de medalha no pescoço celebrando em meio aos ídolos da torcida, obviamente alguns dirão que o Flamengo precisa bajular o governador para manter a gestão do Maracanã. Absurdo. O Estado precisa tanto ou mais do Flamengo para manter viva a "arena" do que o inverso.

Não, ele não tinha que estar lá. De jeito algum. Uma presença para estragar qualquer festa. Um verdadeiro gol contra.