Brasil vence adversário sob medida, mas Tite ainda precisa buscar soluções
Os amistosos da seleção brasileira são algo como uma formalidade. Acertados pela empresa encarregada de agenda-los, colocam o time para viajar, percorrer longas distâncias. Insossos, muitas vezes em estádios vazios, anti-clímax total. Para que?
Em Brasil 3 x 0 Coreia do Sul, vimos uma vitória protocolar contra um oponente inferior, embora como claros sinais de organização. Os sul-coreanos saiam jogando com bola de pé em pé, mas eram inofensivos na maior parte do tempo. E o Brasil mal explorava.
Tite fez mudanças e deu algumas oportunidades a jogadores que nem sempre começam jogando. Éder Militão, Renan Lodi e Fabinho começaram o amistoso com a Coreia do Sul. O lateral-esquerdo do Atlético de Madrid é a boa notícia pensando no futuro.
Não por acaso as melhores jogadas se desenvolviam por seu lado, com a boa participação de Philippe Coutinho. Como na jogada dos dois que resultou na abertura do placar em cabeçada de Paquetá, então mais um atacante do que meia.
Mas a Coreia do Sul tem um time frágil e com o tempo passando e o cansaço as coisas ficavam mais fáceis para o Brasil. O terceiro gol deixaria isso claro, com boa troca de passes ante a passividade asiática. Danilo chutou para ampliar e o goleiro Cho falhou, com a chamada "mão de alface".
Jogo resolvido, Richarlison e Gabriel Jesus sempre mal na partida e o marasmo até o apito final ainda foi interrompido por tentativas sul-coreanas de chegar ao gol. Foram 11 finalizações asiáticas contra 12 do Brasil segundo as estatísticas do SofaScore, cinco arremates certos para cada equipe.
Tite fica aliviado após a seleção voltar a vencer depois de cinco jogos com três empates e duas derrotas, a última delas para a Argentina sendo amplamente superado. O técnico ganha fôlego, mas o amistoso que fecha 2019 não aponta soluções claras para seus problemas em 2020.
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