Fla 4 x 4 Vasco mostra que é possível ter futebol com coragem no Brasil
O gol a 38 segundos de partida deu a falsa sensação de que seria fácil para o líder do Campeonato Brasileiro. Everton Ribeiro abriu o placar após fulminante arrancada de Reinier, ganhando na bola e no corpo dos adversários. Mas, em vantagem, o Flamengo se acomodou. Recuou, chamou o Vasco para seu campo e, pouco a pouco, o time de São Januário passou a rondar a área.
Pikachu na lateral-direita, avançado em cima de Filipe Luís, Henríquez e Ricardo na zaga com Danilo Barcelos completando a linha defensiva. Richard como volante, Guarín ao lado saindo mais, Marcos Júnior próximo do lateral-esquerdo, fechando o lado e Marrony à sua frente, com Raul pela direita, avançado, perto de Rossi, o mais adiantado. Era a distribuição vascaína.
A postura da equipe de Vanderlei Luxemburgo fechava caminhos para o adversário e, mesmo em desvantagem, sua equipe ia à frente, teve coragem. A cabeçada de Marrony, logo aos seis minutos, defendida por Diego Alves, foi o sinal de que não ficaria mais atrás, como de hábito neste certame, esperando a chance para contra-atacar. O time subiu e buscou o gol.
O empate viria com o tento marcado pelo mesmo jogador aos 33, para dois minutos depois ter o pênalti em Pikachu que ele mesmo bateu para colocar sua equipe em vantagem. Era justo. O Flamengo atuava mal, desconcentrado e falhando demais em sua retaguarda, erros individuais e coletivos que seu motivado rival soube aproveitar.
O empate rubro-negro no cruzamento rasteiro de Rafinha que Danilo Barcelos desviou igualou o placar antes do intervalo. Injusto. O Vasco merecia sair em vantagem ao final do primeiro tempo, diante de um adversário bem abaixo do seu rendimento habitual. Foi o pior primeiro tempo do Flamengo em muitas partidas e os 2 a 2 eram um belo lucro para o time de Jorge Jesus.
Os erros defensivos persistiram, e pioraram no segundo tempo, o que ficou evidente no terceiro tento, de Marcos Júnior, com falha de Rafinha, perdido na jogada. Era, ainda, um time concentradíssimo e outro inexplicavelmente relaxado. Os 3 a 2 eram, novamente, mais justos pelo que se via até ali.
O pecado do Vasco foi não conseguir reunir a ousadia ofensiva à segurança defensiva. E se a retaguarda rubro-negra ia mal, o ataque não estava abaixo, especialmente Bruno Henrique, um jogador que cresce incrivelmente nesse tipo de peleja. O jogo, animado, com muitos erros e emoção, mostrou que o Flamengo também joga mal e que o Vasco pode fazer bem mais do que lutar contra o rebaixamento. Sim, é possível ter futebol com coragem no Brasil.
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