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Mauro Cezar Pereira

Em séria crise, Botafogo não pode cair, e vai enfrentar o líder Flamengo

Mauro Cezar Pereira

07/11/2019 11h00

Torcedores do Botafogo no estádio Nilton Santos, o Engenhão – Foto: Divulgação/Vitor Silva/BFR

Depois da Copa América foram disputadas 21 rodadas do Campeonato Brasileiro. Dos 63 pontos em jogos, o Botafogo conquistou apenas 18, ou seja, 28,57% de aproveitamento. Só Avaí e Chapecoense, com 13 cada, conseguiram ser piores no período.

Nos últimos seis jogos, o time da estrela solitária fez três pontinhos em 18 possíveis, ou seja, índice de 16,67%. Apenas Corinthians, antes do início da 31aª rodada, com dois; e Avaí, zero, fizeram série tão ruim nessa sequência de compromissos.

No segundo turno da Série A, o Botafogo é 19º colocado, após acumular meros seis pontos em 33 possíveis, o equivalente a 18,18% de aproveitamento. Somente o Avaí está abaixo na classificação da segunda metade do certame.

Décimo colocado no primeiro turno, com 27 pontos, o time alvinegro fechou 50% do campeonato nove pontos acima da zona de rebaixamento e com seis rodadas no G6. Hoje são apenas dois. Na classificação em casa o Botafogo é 12º, jogando fora do estádio Nilton Santos, o Engenhão, 16º.

Em 15 das 30 partidas disputadas, ou seja, em 50% delas, os botafoguenses não fizeram gol. O desempenho só não é pior do que os de Avaí e CSA, ambos com 16 pelejas sem ir às redes adversárias. O cenário é mesmo perturbador.

Na quinta-feira o Botafogo estará em campo contra o seu maior rival, o Flamengo, líder do Brasileiro e sem perde há 17 jogos. Os rubro-negros têm 38 pontos a mais do que os 33 dos botafoguenses e 64 gols contra 26.

Pelo lado alvinegro, o momento não poderia ser pior para o clássico. Claro que pela tradição do duelo e por ser futebol, a vitória do Botafogo é possível. Mas improvável. O time terá que fazer algo até aqui não se viu em 2019.

O cenário do Botafogo é angustiante, não apenas pelo que se passa em campo, mas pela asfixia financeira. São mais de R$ 700 milhões em dívidas e recenta anual que não chega a um quarto disso. Salários costumeiramente em atraso e time em queda livre.

O Botafogo não pode cair. Um rebaixamento significaria queda enorme em sua já esquálida arrecadação, tornando 2020 um ano de provável pesadelo, com risco de comprometimento dos planos que buscam atrair investidores com a possível aprovação dos projetos clube-empresa em Brasília.

Contra o Flamengo não pontuar mais uma vez não seria absurdo, mas outra derrota poderá grudar o Botafogo na zona de rebaixamento. Depois serão mais sete jogos, quatro em casa. Entre os adversários, Avaí e Chapecoense. Serão verdadeiras decisões para o futuro alvinegro.

Os jogos que faltam:
07/11 – Botafogo x Flamengo
11/11 – Botafogo x Avaí
17/11 – Athletico x Botafogo
24/11 – Botafogo x Corinthians
27/11 – Chapecoense x Botafogo
30/11 – Botafogo x Internacional
04/12 – Atlético x Botafogo
08/12 – Botafogo x Ceará

 

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Sobre o autor

Mauro Cezar Pereira nasceu em Niterói (RJ) e é jornalista desde 1983, com passagens por vários veículos, como as Rádios Tupi e Sistema Globo. Escreveu em diários como O Globo, O Dia, Jornal dos Sports, Jornal do Brasil e Valor Econômico; além de Placar e Forbes, entre outras revistas. Na internet, foi editor da TV Terra (portal Terra), Portal AJato e do site do programa Auto Esporte, da TV Globo. Trabalhou nas áreas de economia e automóveis, entre outras, mas foi ao segmento de esportes que dedicou a maior parte da carreira. Lecionou em faculdades de Jornalismo e Rádio e TV. Colunista de O Estado de S. Paulo e da Gazeta do Povo, desde 2004 é comentarista dos canais ESPN e da Rádio Bandeirantes de São Paulo.

Sobre o blog

Trazer comentários sobre futebol e informações, eventualmente em primeira mão, são os objetivos do blog. O jornalista pode "estar" comentarista, mas jamais deixará de ser repórter.