Boca só dá chutões, cai e mostra que nem todo técnico argentino acrescenta
Somados, os dois times trocaram apenas 387 passes certos, segundo o Footstats. Isso porque Boca Juniors 1 x 0 River Plate foi um dos piores jogos da Copa Libertadores 2019. Uma festa de chutões, cruzamentos, bolas esticadas, pouca técnica e muita vontade. Longe de ser o bastante para algo que se propunha a ser uma partida de futebol.
Tal ritmo foi imposto pelos donos da casa, time desfigurado em relação ao que perdeu a final do certame em 2018 para o mesmo rival. Com Gustavo Alfaro, ex-Huracán, o Boca é basicamente um time de correria e lançamentos. Uma pobreza tal em sua proposta (?) de jogo que dá pena. E o River de Marcelo Gallardo entrou na onda das bicudas. Um horror!
Em meio à farra de cruzamentos, os xeneizes fizeram o único gol da peleja, dando esperanças à sua torcida, que, a contrário do time, honrou as tradições do clube mais popular da Argentina. Os hinchas gritavam, cantavam, alentavam, mas em campo os jogadores demonstravam não terem sido preparados para jogar bola de verdade.
O que Alfaro faz com o Boca Juniors confirma que nem todo treinador argentino tem algo a acrescentar trabalhando no Brasil, como demonstrou Edgardo Bauza, no São Paulo. Com alguns bons atletas, tais técnicos podem até comandar times competitivos em meio à mediocridade da maioria das equipes no futebol sul-americano. Mas nada acrescentam.
Gallardo, por sua vez, embora tenha embarcado no jogo bruto e meramente voluntarioso do adversário, já demonstrou em tantos outros cotejos que faz mais e melhor do que isso. E justamente por tal capacidade, seu River Plate se impôs no jogo de ida, quando abriu 2 a 0, placar que lhe deu a vaga na terceira final em cinco temporadas.
O jovem treinador do atual campeão sul-americano poderá, em mais 90 minutos, alcançar o terceiro título da Libertadores em meia década. E ainda ganhou a Sul-americana em 2014! E não fez isso tudo na base do chutão. Seu time sabe, realmente, jogar bola. Rubro-negros e gremistas não devem se iludir com o atípico duelo desta noite na Bombonera.
Um fato, mera e óbvia constatação: o semifinalista brasileiro que avançar à grande decisão terá pela frente o pior adversário possível!
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