David Luiz exclusivo: “Ideia diferente” de Lampard motivou ida ao Arsenal
David Luiz surpreendeu a todos quando trocou o Chelsea pelo Arsenal, às vésperas do início da Premier League. O que fez o zagueiro brasileiro deixar mais uma vez (antes, foi para o Paris Saint Germain e voltou) o time pelo qual foi campeão europeu e disse inúmeras vezes tanto gostar? Em entrevista exclusiva ao blog, o zagueiro dos Gunners, admite que decidiu sair por ter planos futuros diferentes dos de Frank Lampard, seu ex-companheiro de time e atual treinador dos Blues. E afirma, resolveu ir embora do Chelsea antes de receber a proposta do Arsenal.
Você sempre disse gostar muito do Chelsea, por que saiu do clube?
Sempre gostei sim, sem dúvida nenhuma. O meu respeito e carinho por todas as pessoas continuam o mesmo lá dentro. Chegou um momento novo na minha carreira, um novo ciclo onde tive a oportunidade de mudar para outro grande clube, seguindo com ambição de ganhar títulos. Foi assim por todos os lugares que passei e é assim que eu espero que possa acontecer no Arsenal também. Portanto, eu vi essa possibilidade de escrever uma nova história em um novo lugar, mas sou eternamente grato ao Chelsea, a todas as pessoas, às amizades que são pra vida toda. Recebo mensagens até hoje de todos do clube porque o que construí ali dentro foi verdade.
O fato de ser um rival londrino foi um complicador nessa troca?
É sempre muito difícil por conta da rivalidade, mas tomei a decisão de sair do Chelsea ainda antes de receber a proposta do Arsenal. Não foi uma coisa feita em conjunto. Assim que decidi sair do Chelsea – depois de alguns dias – chegou a proposta do Arsenal e, como era um outro grande clube, eu não pensei duas vezes. É difícil pela rivalidade sim, mas eu não poderia deixar de viver uma nova história, em um novo lugar, em um grande clube só por conta disso. Eu quero estar no futebol mundial em alto nível e para isso você tem que jogar em grandes clubes.
O Arsenal não disputa a Liga dos Campeões nessa temporada, o Chelsea sim, isso pesou em sua decisão?
Como eu falei, não foi uma decisão tomada em conjunto, foi uma decisão tomada depois. Deus foi muito bom comigo pois já tive a possibilidade de ganhar tanto a Champions quanto a Europa League. Seja qual for a competição, onde quer que eu esteja, vou sempre tentar entrar pra ganhar, então se for a Champions ou a Europa League, o meu objetivo é sempre dar o máximo em todas as competições.
Em relação aos que trabalharam e jogaram no Chelsea com Frank Lampard, o clube não tem mais jogadores e profissionais de outras funções no grupo atual. Sua saída tem relação com essa, digamos, reformulação?
Acho que como todo lugar vão sempre existir reformulações, novos grupos, novos profissionais, e o Chelsea está vivendo um novo momento. A minha decisão foi mais uma decisão individual tomada através de conversas honestas – entre mim e o Frank Lampard, mais ninguém. A gente tinha uma ideia diferente de futuro de jogo e foi por isso que eu optei por rumar um novo caminho.
Você manteve bom relacionamento com Lampard ou ficou algum mal estar devido à sua saída?
Sempre tivemos uma boa relação.
Os dois times só irão se enfrentar em 28 de dezembro, no Emirates. O reencontro pela Premier League será menos de um mês depois, em 22 de janeiro, em Stamford Bridge. Como imagina que serão essas partidas?
Claro que vão ser diferentes. Tenho um carinho enorme pelo Chelsea, onde conquistei títulos, evoluí e fiz grandes amigos. Mas hoje defendo o Arsenal e sempre vou dar o meu melhor para honrar a camisa que visto.
O que falta para o Arsenal se ajustar como time?
Acho que temos que tentar evoluir todos os dias, pensar dessa forma, com ambição. Só assim os times conseguem obter êxitos. É saber que todos os dias a gente pode aprender mais.
E defensivamente, qual a maior necessidade do time em matéria de evolução?
Hoje, com a evolução do futebol moderno, a gente sabe que para um time ser coeso defensivamente todos os jogadores devem saber fazer o papel defensivo quando não tem a bola. Como sempre repito, o primeiro defensor é o atacante quando não estamos com a bola. Assim como o primeiro atacante hoje em dia acaba sendo o goleiro, que é avaliado pelo jogo com os pés. Eles são os primeiros a saírem jogando e a bola tem que sair com qualidade desde lá de trás. Então, o entendimento em grupo, a defesa coletiva e o ataque coletivo são os grandes diferenciais dos grandes clubes.
O que espera que o Arsenal faça na temporada em termos de títulos e/ou classificação para competições internacionais?
A nossa intenção é lutar por todas as competições. Vamos em busca disso.
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