Resultado excelente para o Palmeiras em jogo ruim para quem assistiu

Gustavo Scarpa acertou um verdadeiro petardo para marcar o gol único do jogo – Foto: Divulgação/SEP

A vitória do Palmeira sobre o Grêmio por 1 a 0 foi justa. Sim, justa porque o campeão brasileiro se propôs a fazer aquilo que sabe sob a batuta de Luiz Felipe Scolari. Pouca posse de bola, dessa vez errando 39% dos passes no primeiro tempo, quando fez o gol, segundo as estatísticas do SofaScore, e 23% pelos números do Footstats.

Em suma, índice elevado, não importa quem meça. Com a vantagem no placar, como em tantas ocasiões, o time que não vira jogo, tampouco toma virada, manteve a estratégia defensiva, com escapadas perigosas, mas que não ampliaram o placar. É o que faz o Palmeiras de Felipão.

E o Grêmio de Renato Gaúcho Portaluppi? É reconhecidamente um time com muita posse de bola, triangulações, paciência na busca por um espaço na defesa adversária, e uma arma importante para intensificar seu poderio ofensivo quando necessário: Everton Cebolinha.

Contudo, nesta noite, o campeão gaúcho teve atuação sofrível, previsível e insistiu, inexplicavelmente, nas jogadas pelo centro da defesa alviverde, sem sucesso. O próprio atacante jogou se movimentando por diversos setores e mais centralizado, não pela ponta-esquerda, onde costuma desequilibrar (veja mapas de calor do ESPN/TruMedia, abaixo).

Fonte: ESPN/TruMedia

Desnecessário dizer que o resultado foi excelente para o Palmeiras. Necessário dizer que o jogo foi fraco, muito ruim, frustrante em se tratando de uma fase decisiva do principal torneio da América do Sul, duelo protagonizado por dois dos mais caros e qualificados elencos do continente.

Caberá ao Grêmio jogar o futebol que sabe terça-feira que vem, no Pacaembu, sendo menos previsível e mais impetuoso, não caindo tão facilmente na armadilha palmeirenses. Quanto ao time paulista, enquanto estiver em vantagem no placar agregado, dificilmente sairá de sua estratégia, a única que tem e funcionou em Porto Alegre.