Sampaoli já errou e tomou suas goleadas. Agora foi a vez de Jorge Jesus
O Bahia foi cirúrgico. Roger Machado, que costumava montar times que trocavam mais passes, a ponto de ser o responsável pelo início da transformação do Grêmio, aprimorado por Renato Gaúcho Portaluppi, adotou no tricolor baiano estratégia diferente. Joga em velocidade, contra-atacando, aproveitando espaços deixados pelo adversário. E o Flamengo de Jorge Jesus os ofereceu fartamente. Assim, os 3 a 0 ficaram de bom tamanho, tal a superioridade do time nordestino, mesmo com apenas 31% de posse da bola.
Os três gols de Gilberto aos 20, 30 e 50 minutos da primeira etapa poderiam ocorrer com outra escalação do lado rubro-negro, é evidente. Mas Jesus deveria fazer escolhas menos arriscadas em uma semana de batalha contra o Emelec pela Libertadores. O português promoveu a estreia de Filipe Luís, o que se mostrou um equívoco, uma precipitação, com o titular da seleção brasileira fora de forma, desentrosado e sem o tempo necessário para a adaptação à forma de jogar do time, ainda em desenvolvimento, por sinal. Lançou de saída Arrascaeta e Everton Ribeiro, que haviam atuado no sacrifício na quarta-feira e estavam longe das melhores condições.
Foi uma jornada infeliz de Jorge Jesus, que levou sua primeira grande tamancada no futebol brasileiro, batismo aparentemente inevitável para quem vem de fora e não teme atuar no campo de ataque, tomando iniciativa no jogo, algo inerente a quem conta com elenco farto, rico e técnico como o por ele comandado. Jorge Sampaoli passou por isso no Santos, goleado por Ituano e Botafogo no Campeonato Paulista e tomando 4 a o do Palmeiras no atual Brasileiro, única vez na qual sua equipe foi derrotada no certame.
O Flamengo deve mesmo jogar de tal forma, montou um elenco para isso, deve se arriscar, não pode se acovardar, mas mostrar coragem. Contudo, a construção de uma equipe capaz de assim atuar no meio da temporada potencializa tais riscos. Jesus sabe disso, talvez precise temperar minimamente sua estratégia, ainda mais em semanas assim, pesadas. Capítulo à parte é o goleiro Diego Alves, não só pelo erro absurdo no segundo gol (mais um), mas por demonstrar dificuldade para atuar mais adiantado, como a estratégia adotada impõe. Se não o faz até hoje, conseguirá aprender?
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