Bom em tudo, Santos de Sampaoli divide a ponta e incomoda cada vez mais
O Santos é o segundo time que mais finaliza no Campeonato Brasileiro, 179 arremates, atrás apenas do Flamengo, com 183. Só quatro rivais têm mais gols do que os 14 da equipe de Jorge Sampaoli, os rubro-negros com 22, Atlético 18, Palmeiras 17 e Fluminense 15.
Também são quatro as que mais tocam na bola do que os santistas entre os 20 integrantes da Série A: Grêmio, Fluminense, Internacional e Botafogo. No percentual de posse da pelota, são cinco os que superam os alvinegros, novamente os tricolores cariocas, gremistas, Athletico, botafoguenses e flamenguistas.
A defesa do Santos tomou sete tentos, só não é melhor do que as de Palmeiras (cinco), São Paulo e Corinthians (seis cada). Duas equipes não levaram gol em sete dos 11 jogos que fizeram no certame, são elas justamente as que dividem a liderança. E nisso tudo está embutida a desastrosa atuação santista diante dos palmeirenses, quando perderam por 4 a 0.
Os jogadores dirigidos pelo treinador argentino teriam a melhor retaguarda do campeonato, não fosse aquele clássico disputado no Pacaembu. Uma semana na qual Sampaoli cometeu erros, como poupar titulares para priorizar a Copa do Brasil, da qual saiu, ainda assim, eliminado pelo Atlético.
Apesar do imenso tropeço, de não ter elenco tão bom e da saída de jogadores como Jean Lucas, emprestado pelo Flamengo, que o negociou com o Lyon durante a Copa América, o Santos tem, agora, a mesma pontuação do Palmeiras. Já são cinco vitórias consecutivas, as duas últimas após o torneio de seleções, ambas fora de casa.
E, como as linhas acima mostram, com o time bem colocado em todos os fundamentos. Posse de bola, defesa, ataque… O jogo coletivo elaborado por Sampaoli mostra resultados, mesmo com eliminações em torneios no formato mata-mata. Isso incomoda quem não é capaz de fazer algo parecido.
"Tomara que com o passar do tempo, eu consiga ganhar a aceitação dos treinadores brasileiros", disse após a vitória sobre o Botafogo (1 a 0), quando perguntado sobre as palavras de Levir Culpi, que disse não gostar de técnicos estrangeiros, em especial argentinos.
Sampaoli será aceito pelos profissionais que não temem o novo, se garantem e têm vontade de aprender, de se renovar, se atualizar, evoluir. E provavelmente seguirá sendo rejeitado pelos que defendem reserva de mercado e apostam no eterno marasmo do futebol praticado no Brasil. Marasmo que diminui a cada jogo do Santos.
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