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Mauro Cezar Pereira

Pelas mãos de Jesus e pés de Arrascaeta, Flamengo vira "arame farpado"

Mauro Cezar Pereira

14/07/2019 15h21

Gabigol, Everton Ribeiro e Arrascaeta comemoram gol nos 6 a 1 do Flamengo – Foto: divulgação/Flamengo

"Arame liso". Esse foi o rótulo perfeito para o Flamengo por anos, como bem definiu lá atrás o companheiro André Rocha, aqui mesmo no UOL Esporte. Um time que ficava com a bola, criava, rondava a área inimiga, mas machucava pouco o adversário. Era difícil fazer um gol.

Mesmo com as contratações se avolumando, o problema continuava presente, com muitas finalizações sendo necessárias para que fosse às redes. Na primeira peleja sob o comando de Jorge Jesus no Maracanã, a equipe rubro-negra foi "arame farpado", e o Goiás saiu machucado, bem machucado, com 6 a 1 na conta, goleada que por muito pouco não foi ainda maior.

O Flamengo finalizou 28 vezes, 17 delas no alvo, segundo o Footstats. O Goiás havia levado oito em oito partidas, era dono da quinta melhor defesa da primeira divisão nacional, tinha média de um por jogo e tomou meia dúzia em 90 minutos. Não é pouco. Mas é apenas um começo, contudo o Flamengo de Jorge Jesus demonstrou a coragem que costuma faltar por aqui.

Ainda perdeu muitas oportunidades criadas, de fato, mas o índice de aproveitamento foi elevado no momento em que era preciso definir a peleja, na reta final do primeiro tempo. E nesse contexto, De Arrascaeta se destacou. Participou de todos os gols da equipe no massacre sobre os esmeraldinos.

Arrascaeta fez três gols, deu passe antes do segundo do Flamengo e fez duas assistências – Reprodução TV

O uruguaio fez três na etapa inicial, abriu o placar e resolveu o jogo, além de iniciar a jogada do tento de Bruno Henrique, dando estupendo passe para Trauco entre as pernas de Yago. Após o intervalo, deu assistências para o par de gols de Gabriel Barbosa. O Gabigol, por sinal, ofereceu passes para os três tentos do camisa 14.

Uma vitória consagradora, que teve como pontos negativos a falha clamorosa de Rodrigo Caio no gol de Kayke e momentos de exposição defensiva do Flamengo, ainda carente de ajustes inerentes à proposta de jogo com o time marcando lá na frente. Ajustes são necessários, mas o começa foi marcante. Pelo jeito, o arame rubro-negro agora machuca.

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Sobre o autor

Mauro Cezar Pereira nasceu em Niterói (RJ) e é jornalista desde 1983, com passagens por vários veículos, como as Rádios Tupi e Sistema Globo. Escreveu em diários como O Globo, O Dia, Jornal dos Sports, Jornal do Brasil e Valor Econômico; além de Placar e Forbes, entre outras revistas. Na internet, foi editor da TV Terra (portal Terra), Portal AJato e do site do programa Auto Esporte, da TV Globo. Trabalhou nas áreas de economia e automóveis, entre outras, mas foi ao segmento de esportes que dedicou a maior parte da carreira. Lecionou em faculdades de Jornalismo e Rádio e TV. Colunista de O Estado de S. Paulo e da Gazeta do Povo, desde 2004 é comentarista dos canais ESPN e da Rádio Bandeirantes de São Paulo.

Sobre o blog

Trazer comentários sobre futebol e informações, eventualmente em primeira mão, são os objetivos do blog. O jornalista pode "estar" comentarista, mas jamais deixará de ser repórter.