Topo

Mauro Cezar Pereira

Brasil estreia com vitória monótona. Como as entrevistas de Tite

Mauro Cezar Pereira

14/06/2019 23h26

Seleção brasileira teve muitas dificuldades até abrir o placar, já no segundo tempo da peleja. Foto: Lucas Lima/UOL

Nada contra a pessoa, mas Tite, o técnico, não é personagem de entrevistas cativantes, interessantes, atraentes. Politicamente correto, professoral, muitas vezes é bem chato. Gente boa, mas chato. Nada demais se o time que leva a campo joga bem, e isso sempre ficou claro, não por acaso foi tão elogiado e virou quase unanimidade antes da Copa do Mundo de 2018. Mas a vitória sobre a Bolívia foi enfadonha, burocrática. Capaz de a coletiva do treinador ser mais movimentada do que a bola rolando no Morumbi.

O modesto time boliviano ficou lá atrás, trancado em sua intermediária, oferecendo aos brasileiros a chance de mostrar progressos em algo que preocupa Tite há tempos. Desde o amistoso com a esfacelada seleção da Inglaterra, em Londres, quando o Brasil parou na linha defensiva de cinco homens montada por Gareth Southgate, fica clara a dificuldade contra retrancas do gênero. Ideia que se reforçou no Mundial, quando a Costa Rica resistiu até os instantes finais na Rússia.

O público até vaiou o time canarinho, digo, de branco, ao final do primeiro tempo. Monotonia, poucos lances interessantes, placar aberto apenas com gol de pênalti marcado com auxílio do vídeo… Pouco, muito pouco ante um adversário tão modesto. O belo gol de Éverton Cebolinha já na parte final do cotejo, com os bolivianos mais cansados e frouxos diante da missão de fechar os espaços, deu cores vivas demais a um triunfo pálido. Monótono como as entrevistas de Tite.

follow us on Twitter

follow me on youtube

follow me on facebook

follow us on instagram

follow me on google plus

Sobre o autor

Mauro Cezar Pereira nasceu em Niterói (RJ) e é jornalista desde 1983, com passagens por vários veículos, como as Rádios Tupi e Sistema Globo. Escreveu em diários como O Globo, O Dia, Jornal dos Sports, Jornal do Brasil e Valor Econômico; além de Placar e Forbes, entre outras revistas. Na internet, foi editor da TV Terra (portal Terra), Portal AJato e do site do programa Auto Esporte, da TV Globo. Trabalhou nas áreas de economia e automóveis, entre outras, mas foi ao segmento de esportes que dedicou a maior parte da carreira. Lecionou em faculdades de Jornalismo e Rádio e TV. Colunista de O Estado de S. Paulo e da Gazeta do Povo, desde 2004 é comentarista dos canais ESPN e da Rádio Bandeirantes de São Paulo.

Sobre o blog

Trazer comentários sobre futebol e informações, eventualmente em primeira mão, são os objetivos do blog. O jornalista pode "estar" comentarista, mas jamais deixará de ser repórter.