Convocação de Tite mostra o técnico mais preocupado em não perder o emprego
Lucas Moura brilhou com seus três gols em 35 minutos na espetacular virada do Tottenham sobre o Ajax que conduziu o time inglês à final da Champions League. Mas Tite não o chamou para a Copa América, optando por Gabriel Jesus, que é reserva no Manchester City e passou toda a temporada sem marcar em jogos grandes. Também convocou Richarlison, que apresentou altos e baixos em seu primeiro ano com a camisa do Everton, mas com gols em adversários mais fortes na reta final.
Embora também suplente, como Jesus, em boa parte do tempo, Lucas não foi importante somente no histórico jogo de Amsterdã. Ele fez dois gols na vitória por 3 a 0 — outra fora de casa — sobre o Manchester United, na Premier League. Já na fase de grupos da Liga dos Campeões, o Tottenham não foi eliminado graças aos seus tentos contra o PSV (2 a 2 na Holanda) e Barcelona (1 a 1 na Espanha), este a cinco minutos do fim e que valeu a classificação. Richarlison tinha 12 gols, nenhum em rivais de peso, até marcar sobre Manchester United e Chelsea.
O desempenho do ex-são-paulino foi nitidamente superior, com um imenso bônus: ele mostrou capacidade de decisão em partidas importantes, grandes, gigantescas! E mesmo que se limitasse aos três gols marcados sobre o Ajax já mereceria um olhar mais cuidadoso, por demonstrar capacidade de decisão incomum. Nada disso pesou. Os maiores momentos de Gabriel foram quando fez três gols sobre o Shakhtar, na Champions, e quatro nos 9 a 0 sobre o Burton, em peleja pela FA Cup, a Copa da Inglaterra.
Também não pesou a boa temporada de Fabinho, outro finalista de Champions League. O meio-campista do Liverpool não foi relacionado pelo técnico da CBF, que preferiu nomes como o de Allan, do Napoli. Tite também não chamou Marcelo, que pelo Real Madrid fez temporada fraca, é verdade, mas contará com Philippe Coutinho, outro que entre 2018 e 2019 ficou muito abaixo do que o Barça e sua torcida esperavam e poderia mostrar. Obviamente suas escolhas não foram pautadas apenas pelo momento de cada um.
As presenças de jogadores que dificilmente estarão na próxima Copa do Mundo, como Daniel Alves (36 anos), Miranda (34), Thiago Silva (34), Filipe Luís (33), Fernandinho (34) e Cássio (31) evidenciam a preocupação maior do treinador: contar com gente experiente para ganhar a Copa América. Ele pode escalar uma defesa com média de 33,6 anos de idade (acima). E sobreviver no cargo. Renovação e espaço para mais jogadores jovens ficarão para depois. Desde que Tite alcance sua meta de seguir empregado pela CBF quando o certame terminar. Ou seja, campeão.
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