Quatro rodadas depois, campeonato sinaliza... rigorosamente nada
A pressa para adivinhar quem vai ser campeão funciona mais ou menos como quem, ao comprar o ingresso do cinema, já quer saber o final do filme. Quatro rodadas se passaram, algumas equipes, como o Internacional, enfrentaram adversários duros (Flamengo, Palmeiras e Cruzeiro, além da Chapecoense). Outras, caso do São Paulo, tiveram pela frente equipes que brigaram contra o rebaixamento em 2018 ou vieram da Série B (Botafogo, Goiás, Fortaleza). No caso tricolor, ainda teve a oportunidade, mal aproveitada, de receber o Flamengo com suplentes e até reservas desses, no Morumbi.
Impossível tirar grandes conclusões sobre o potencial de cada equipe a partir disso. Como a própria história do certame mostra. No ano passado, o Vasco era vice-líder após quatro partidas com oito pontos, ao lado do Palmeiras, e a dois do Flamengo, então em primeiro. Ao final, ficou a uma posição e um só pontinho da queda para a segundona. Em 2017, a Chapecoense liderava depois de quatro pelejas, meses após o acidente que dizimou praticamente todo seu elenco. Ainda terminou em oitavo, foi à Libertadores, mas em momento algum disputou o título nacional.
No campeonato de 2016, rodada de número quatro o Palmeiras estava como hoje se encontram Bahia, Goiás e Inter, quatro pontos atrás da dupla Grenal, que dividia a liderança. Acabou campeão e os colorados foram rebaixados. E,m 2015, o Athletico era o primeiro na quarta rodada, seguido por Sport, Ponte Preta e Goiás. Encerraram, respectivamente, em 10º, 6º, 11º e 19º, rebaixado. Já em 2014 o Bahia era quarto colocado depois de quatro aparições, mas terminou em 18º, voltando à Série B do Campeonato Brasileiro.
Dos três líderes de momento, podemos imaginar um São Paulo com reforços e em evolução, brigando pelos primeiros lugares. Mas isso depende de progressos que podem acontecer, ou não. O Santos já faz mas do que se imaginaria com tal elenco, mas o nível e a quantidade de jogadores bons e/ou razoáveis desperta dúvidas sobre a capacidade do time de manter o pique. É óbvio que neste trio paulista, o Palmeiras, atual campeão, farto em jogadores de bom nível, com um trabalho que começou em 2018, reúne mais chances. E elas seriam ainda maiores se o repertório fosse mais amplo.
Contudo, isso pode, mais uma vez, nem ser necessário, pela bola que se joga no país. A única certeza é de que apenas quatro jogos para cada um dos 20 participantes da primeira divisão não bastam para que sejam feitas previsões. Acabam sendo mais chutes. Tudo a ver com o estilo de chutões que tanto sucesso faz por aqui.
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