Corinthians demitiu quatro técnicos com menos jogos do que Abel no Flamengo
Muito tem se falado sobre "pressão exagerada" sobre o técnico do Flamengo. Há quem diga que é "desumano o que estão fazendo com Abel Braga", como se o treinador estivesse sofrendo torturas físicas e realmente ganhasse "dois conto" de salário, como o próprio disse recentemente em entrevista coletiva.
O curioso é que setores da imprensa que defendem "Abelão", como chamam os (muitos) amigos, não tratavam assim os quatro treinadores demitidos pelo Corinthians em 2016 e 2018. Os períodos sem dispensas são justamente os de conquistas, com Fábio Carille, em 2017, começo de 2018 e agora em 2019. Todos os despachados antes de depois do atual comandante fizeram menos jogos do que os já acumulados pelo rubro-negro em 2019. Qual a explicação para tal fenômeno?
Seria porque Abel conta com a simpatia de tantos? Ou dependendo do clube que demite a aceitação muda? E o técnico do Flamengo não foi mandado embora, pelo contrário, tem nova chance de consertar seus erros na temporada. Caso se classifique na Libertadores, certamente seguirá.
Levantamento feito pelo site FutDados mostra que em 2016 Oswaldo de Oliveira teve nove partidas no comando do Corinthians. Foi mandado embora ao não conseguir classificar a equipe para a Libertadores de 2017. Ele substituíra Cristóvão Borges, mandado embora após perder para o Palmeiras em Itaquera, sua 18ª e derradeira peleja à frente da equipe corintiana.
No ano passado, Osmar Loss caiu após 23 cotejos no comando dos alvinegros e Jair Ventura, que chegou para o seu lugar, fechou a temporada sem vaga na Libertadores e 19 jogos. Nem mesmo o fato de o Corinthians ter eliminado o Flamengo nas semifinais da Copa do Brasil, sua primeira missão, foi o bastante para que pudesse começar um trabalho na atual temporada.
Se Cristóvão teve 18 jogos, Owsaldo a metade, Loss 23 e Jair 19, todos por Brasileiro e Copa do Brasil, Abel vai para seu 26º compromisso diante do Flamengo frente ao Peñarol nesta quarta-feira. O percentual de pontos conquistados por ele supera amplamente os quatro ex-corintianos, contudo, 17 de suas 25 partidas foram no (fraco) campeonato estadual.
Não se trata de reivindicar a saída do técnico, com ou sem classificação na Copa Libertadores. O que chama a atenção é a diferença de discurso, motivada pelo bom relacionamento com este ou aquele profissional? Ou seria com a cor da camisa ou o Estado onde o clube está sediado? Há até defensor de Abel que rotulava o trabalho de Loss, por exemplo, como "péssimo", dizia que estava "perdido" e que o Corinthians não tinha padrão de jogo".
Opa, taí algo em comum com o amigo de tantos, o "Abelão".
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