Flamengo vence em noite para lembrar lições bem recentes. E Abel percebeu
Um dos maiores problemas do Flamengo nos últimos anos em jogos grandes foi ser arame liso, o time que cerca, cria, finaliza, mas não machuca o adversário, não faz os gols. Em 2017 nos três jogos fora de casa pela Libertadores, e nas finais da Copa do Brasil e da Sul-americana. No mesmo ano, pelo Brasileiro, contra Palmeiras e Grêmio, na Ilha do Urubu, e Corinthians, em Itaquera. Ano passado diante dos cruzeirenses na Libertadores, contra os corintianos na Copa do Brasil, diante do São Paulo, duas vezes, Ceará, Palmeiras, Vasco, e outros rivais na Série A 2018. Até pênaltis importantes foram perdidos. São apenas alguns exemplos de como o ataque ineficiente desperdiçou chances e levou a fracassos.
Por isso ver o time rubro-negro diante do fraco Madureira não aproveitar tantas chances, algumas claríssimas, é sinal preocupante. Pelo menos Abel Braga percebeu. O técnico elogiou a atuação ao destacar pontos positivos, sem deixar de demonstrar inquietação com as oportunidades jogadas no lixo. O elenco melhorou demais na qualidade dos homens de frente, com as saídas de Marlos Moreno e Geuvânio, além do limitado Henrique Dourado, e as chegadas, desde o segundo semestre do ano que passou, de Vitinho, Bruno Henrique e Gabigol. Sem falar em Arrascaeta, para compensar a venda de Lucas Paquetá. Por isso o nível de exigência deve ser alto, e foi só 2 a 0 com o primeiro gol marcado em claro impedimento.
Quem não é torcedor do clube deve achar legal ver o time correr, criar situações de gol, perder um monte delas, e marcar apenas duas vezes quando teve tudo para pelo menos dobrar o placar. Mas o rubro-negro minimamente atento sabe onde esse estilo arame liso leva: a lugar algum. Quem não é Flamengo e hoje curte o time correndo e mostrando vontade, um avanço depois de tantas exibições no modo banana. Principalmente porque se, lá na frente, nos grandes duelos, nas competições mais relevantes, o ataque novamente deixar a desejar, esse não-flamenguista jamais ficará frustrado. Talvez saia por aí até feliz, dependendo do desfecho do certame em questão. A exigência tem que ser alta, lá em cima. De clube grande.
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