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Mauro Cezar Pereira

Flamengo adota calção preto e repete homenagem a craque 43 anos depois

Mauro Cezar Pereira

22/02/2019 20h00

Geraldo comemorando seu penúltimo gol, contra o Vasco, Zico, depois os (ainda garotos) Adílio e Júlio César Uri Gueller, de calções pretos, e o camisa 10, no minuto de silêncio antes do amistoso dedicado ao craque falecido

Geraldo era um meia espetacular. O assoviador, como ficou conhecido, jogava de cabeça em pé, sem olhar para a bola. Clássico, elegante, de enorme categoria. Morreu aos 22 anos em 26 de agosto de 1976 quando foi fazer uma cirurgia para extração de amígdalas. Foi uma comoção nacional. O jovem craque do Flamengo já vinha sendo convocado para a seleção brasileira e sua habilidade, controle da pelota, eram de chamar (muito) a atenção.

Um jogo em benefício à sua família foi realizado, entre o time do Flamengo e uma seleção brasileira repleta de tricampeões mundiais da Copa do Mundo de 1970. As 142.404 mil pessoas que foram ao Maracanã viram Paulinho e Luiz Paulo marcarem os gols da vitória por 2 a 0 do time rubro-negro. De calções pretos, embora o uniforme oficial determine a utilização de brancos, sendo que naquela época não havia a troca do short de tom mais claro, ou escuro, para diferenciar do adversário.

Leia também no blog sobre o incêndio no CT: Flamengo erra e assume o papel de vilão, mas não perguntamos pelos culpados.

No Fla-Flu da Taça Guanabara, o Flamengo voltou a vestir calções negros, e seguirá como eles até dezembro, além da braçadeira, por luto. Uma homenagem as dez meninos mortos no incêndio no Centro de Treinamentos Ninho do Urubu. Como atualmente há a necessidade de se destacar em relação aos rivais, em algumas partidas o branco deverá ser adotado. Mas a preferência será pelos pretos, como há 43 anos, na lembrança por Geraldo.

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Sobre o autor

Mauro Cezar Pereira nasceu em Niterói (RJ) e é jornalista desde 1983, com passagens por vários veículos, como as Rádios Tupi e Sistema Globo. Escreveu em diários como O Globo, O Dia, Jornal dos Sports, Jornal do Brasil e Valor Econômico; além de Placar e Forbes, entre outras revistas. Na internet, foi editor da TV Terra (portal Terra), Portal AJato e do site do programa Auto Esporte, da TV Globo. Trabalhou nas áreas de economia e automóveis, entre outras, mas foi ao segmento de esportes que dedicou a maior parte da carreira. Lecionou em faculdades de Jornalismo e Rádio e TV. Colunista de O Estado de S. Paulo e da Gazeta do Povo, desde 2004 é comentarista dos canais ESPN e da Rádio Bandeirantes de São Paulo.

Sobre o blog

Trazer comentários sobre futebol e informações, eventualmente em primeira mão, são os objetivos do blog. O jornalista pode "estar" comentarista, mas jamais deixará de ser repórter.