Sem Eurico, ex-aliados do velho líder migram e apoiam o presidente do Vasco
O grupo "Vasco Independente" divulgou nota em apoio à iniciativa do Vasco de se solidarizar com o Flamengo pela morte dos dez meninos no incêndio do Centro de Treinamentos, em 8 de fevereiro. Por ter colocado as bandeiras dos dois clubes, cruzadas, na camisa do time que venceu o Resende na semifinal da Taça Guanabara, 102 conselheiros assinaram documento repudiando a iniciativa da gestão Alexandre Campello.
Tendo à frente José Luiz Moreira, conhecido como "Zé do Táxi", e Antônio Peralta, nomes influentes na política vascaína e há anos ligados a Eurico Miranda, o "Vasco Independente" conta com cerca de 50 beneméritos e grande beneméritos, como publicou o site NetVasco. Com problemas de saúde, o ex-presidente há meses não frequenta São Januário e ex-seguidores agora migram para o lado do atual mandatário.
O movimento feito pelo grupo enfraquece o maior opositor de Campello, Roberto Monteiro, que preside o Conselho Deliberativo. Ele liderou movimento contrário à manifestação de apoio vascaíno ao maior rival com os símbolos na camisa do time. Pouco antes do Natal de 2018, pediu a cabeça do presidente (veja o vídeo abaixo) durante confraternização.
Ex-presidente da Força Jovem (no ano de 1993), maior torcida do clube, e que está banida dos estádios ao receber várias punições por envolvimento em ações violentas, Monteiro foi vereador no Rio de Janeiro. Em sua gestão, a organizada foi dividida em "Famílias", ou seja, ganhou sub grupos regionalizados por bairros, cidades, estados e outros países.
Alexandre Campello lançou seu nome à presidência na eleição de 2017, mas posteriormente se uniu a Júlio Brant, integrando a chapa por ele encabeçada. Em surpreendente manobra articulada por Eurico e Monteiro, reativou sua candidatura antes da votação no conselho, o segundo turno (no primeiro votaram os sócios), e venceu.
Adiante, prestações de contas, balanços e outros temas colocaram Campello e Monteiro em lados opostos mais uma vez, e o presidente do conselho defende claramente a saída do médico da presidência. Mas, sem a presença forte de Eurico Miranda, vê parte da base que sustentava o poder do ex-líder rachar, com uma migração que o enfraquece. A política arde na Colina.
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