Fim da gastança maluca no futebol? CBF quer Fair Play financeiro já em 2020
A CBF tenta se modernizar e colocar clubes e suas contas em ordem. E um movimento nesse sentido foi feito com a contratação de César Grafietti, que esteve na entidade semana passada para desenvolver um modelo de estrutura e governança. O economista, que ex-executivo do Itaú BBA, liderou a equipe que fez os últimos estudos sobre a situação financeira dos clubes brasileiros. Referência nacional no assunto, ele começou o projeto em janeiro, quando foi contratado para desenvolver o formato.
No Brasil, Grafietti vai conversar com os diretores e vice-presidentes financeiros dos clubes para ouvir opiniões. Na segunda-feira estará na Uefa, onde se reunirá com Sefton Perry, responsável pela criação do Fair-Play financeiro da União Europeia de Futebol. "O objetivo é desenvolver um modelo semelhante ao deles, que consiga levar os clubes ao equilíbrio financeiro, o que significa manter dívidas e custos compatíveis com suas receitas. E investimentos dentro de suas possibilidades, de forma a evitar atrasos de salários e dívidas excessivas", explica Grafietti, que vive em Milão e quando esteve no Brasil há alguns dias foi ao Rio de Janeiro e Curitiba.
A CBF pretende ter um modelo pronto ainda em 2019, para testes internos, com início efetivo de medições e controle em 2020, utilizando números deste ano. "Claramente será um processo evolutivo, com primeiros anos de adaptações e ajustes dos clubes", prevê o especialista, hoje Consultor de Gestão e Finanças do Esporte do Itaú BBA. Mas o que de fato mudará na rotina dos clubes brasileiros? "Haverá a necessidade de serem mais cuidadosos com as finanças, controlar investimentos e gastos. De maneira geral já há um movimento nessa direção, mas o Fair Play deixará isso claro e uniforme. Em cada contratação ou renovação de contrato haverá a necessidade de avaliar se os valores cabem na conta", explica.
O objetivo é que não ocorram mais atrasos de salários e tributos, tampouco inadimplência. O modelo prevê controles que levem as agremiações a um círculo virtuoso. Sobre punições, em tese serão aquelas previstas no Licenciamento de Clubes, começam com advertências, passam por multas, limitação de registro de novos atletas e até suspensão de competições futuras. "A CBF está empenhada nisso, é importante para ajudar na organização dos clubes, e consequentemente na indústria do futebol", afirma César Grafietti.
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