Negociação com o Vasco para uso do Maracanã explica a briga Odebrecht x Flu

Maracanã deserto: perspectiva de uma Taça Guanabara com a final sem torcedores no estádio
Fluminense e Vasco duelam abertamente pelo direito de posicionar seus torcedores prioritariamente no lado direito (sul) do Maracanã. O imbróglio resultou na decisão da justiça pela Taça Guanabara sendo decidida sem público. Em meio à política interna dos clubes que turbina essa briga, a Maracanã S.A. – empresa com gestão independente, mas que integra o grupo Odebrecht – se afasta dos tricolores e se aproxima dos vascaínos.
A detentora da concessão do Maracanã negocia com o Vasco para que lá dispute os clássicos e competições internacionais, cotejos de maior apelo para o público. "Há o plano de investimento de modernização de São Januário. Elaboramos um entendimento que envolve camarotes, jogos, visitação, em outros pontos operacionais e comerciais", adianta Mauro Sahade Darzé Diretor Presidente Complexo Maracanã Entretenimento S.A.
Clique aqui e entenda as raízes históricas da briga pelo lado sul do Maracanã
O obstáculo para um acordo entre Maracanã S.A. e Vasco está, aos poucos, sendo removido com a torcida do Fluminense sendo retirada do lado direito. O sul foi a opção tricolor quando fechou acordo com o consórcio que administra a "arena", em 2013. Tal contrato se mostrou, pouco depois, péssimo para os gestores do estádio e favorável ao clube. Desde então ajustes foram feitos, mas sem satisfação plena em momento algum.
A Maracanã S.A. alega que o Fluminense está inadimplente. "Nos deve na ordem de grandeza de R$ 1,3 milhão e aos prestadores de serviço R$ 2 milhões", contabiliza Mauro Darzé. Ele destaca que "já existe um processo na justiça" e garante que, pelo contrato, poderá a torcida ser alocada em outros setores, quando os tricolores forem visitantes – o contrato cita "mediar acordo". É o caso da decisão frente ao Vasco, sorteado como mandante.
No acordo esboçado para que os vascaínos utilizem mais vezes a "arena" , quem adquirir camarote no estádio vascaíno, possivelmente remodelado, poderá também usar os do Maracanã, cujas bilheterias venderiam ingressos de partidas disputadas no campo do clube. O sócio torcedor preservaria, nos dois locais, um posicionamento semelhante para acompanhar os jogos de seu time. "E há, ainda, a possibilidade de patrocinadores de São Januário terem entendimento conosco", acrescenta Mauro Darzé. Não é um triangulo amoroso, mas um namoro forte. E o Fluminense parece "sobrar".
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