Aula, banho de bola de Diniz em Abel, na justa vitória tricolor no Fla-Flu
Mais posse de bola (61,5% contra 38,5%), mais passes certos trocados (423 contra 267), mais finalizações (10 a 8) e um gol a mais. Os números e o campo mostraram a vitória do Fluminense sobre o Flamengo como a vitória da coragem e do futebol jogado com organização sobre a covardia e bangunça tática de uma equipe sem repertório.
A diferença do que fizeram com seus atletas Abel Braga e Fernando Diniz foi imensa como a que separa o poderio econômico atual dos rubro-negros e a as dificuldades financeiras que atormentam os tricolores. Não se sabe o que vai acontecer no futuro, mas na quinta-feira foi uma aula, um banho de bola.
A única possibilidade de triunfo do Flamengo passava pela individualidade de seus caros jogadores. E justamente o que mais dinheiro custou, Arrascaeta, falhou individualmente na jogada que definiu o clássico. O jogo coletivo do Fluminense foi muito superior e tivesse mais qualidade do meio para a frente, o time de Diniz venceria com gols marcados bem antes.
Foi um show do jovem treinador, que abriu mão dos laterais (saíram Ezequiel e Marlon, substituídos por Calazans e Caio Henrique) e em seus lugares lançou jogadores mais agudos para agredir pelos lados e criar situações. Desde o primeiro tempo ele desenhou o triunfo alcançado no final do clássico.
E foi a partir do bote de um desses homens que o Fluminense construiu a jogada que lhe deu a vaga na final do turno, domingo, contra o Vasco, valendo a Taça Guanabara. Caio Henrique tirou a bola de Arrascaeta, daí para Airton, que tocou a Yony, este cruzou e Luciano decidiu. Gol! Tudo de primeira!
Uma vitória categórica, do ousado e novo sobre o velho e obsoleto. Noite vitoriosa de Diniz e orgulho tricolor. Noite da derrota de Abel, seu conservadorismo, falta de repertório e de vergonha rubro-negra.
O dinheiro pesa, mas obviamente não é tudo. Ainda bem. O Fluminense, hoje, é claramente mais pobre financeira e tecnicamente do que o Flamengo, mas se mostrou muito mais rico em ideias, coragem e futebol.
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