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Mauro Cezar Pereira

Flamengo estreia no Mundial com obrigação de vitória: derrota será vexame

Mauro Cezar Pereira

17/12/2019 05h56

Há uma óbvia diferença entre o que personagens envolvidos em um jogo de futebol dizem sobre o adversário e o que torcedores e a imprensa falam/escrevem a respeito. Evidentemente cabe a jogadores, comissão técnica e dirigentes do Flamengo discursar em tom extremamente respeitoso quando o tema em pauta for o Al-Hilal, mas apenas a eles.

O time saudita, campeão da Ásia, tem bons jogadores, especialmente o trio ofensivo estrangeiro com Carillo, Giovinco e Gomis. Também é base da seleção do país árabe, uma frequentadora das Copas do Mundo, potência nessa região do planeta. Mas é uma equipe nitidamente inferior à do campeão brasileiro e da Copa Libertadores.

A vitória, magra, sábado, diante do Espérance, da Tunísia, reforçou a ideia já existente antes do cotejo, de que trata-se de um time ofensivo, com valores no ataque, mas exposto e generoso no quesito concessão de oportunidades aos seus oponentes. Claramente inferior, o conjunto norte-africano levou perigo, especialmente no primeiro tempo.

Caso atue da mesma forma, franca, aberta, sem cuidados defensivos mais rígidos, a equipe da Arábia Saudita correrá imensos riscos, já que a qualidade técnica do Flamengo é muito maior do que a do representante da África no certame. Resta saber de que maneira o time de Riad entrará em campo na partida da noite desta terça-feira.

Sábado, foram tantas finalizações do Espérance quanto do Al-Hilal na peleja decidida por Bafétimbi Gomis, 34 anos, que precisou de apenas oito minutos na cancha para classificar o representante asiático à semifinal. Não, o Al-Hilal não é uma galinha morta, mas os rubro-negros são bem superiores e têm obrigação de vencê-lo.

Sobre o autor

Mauro Cezar Pereira nasceu em Niterói (RJ) e é jornalista desde 1983, com passagens por vários veículos, como as Rádios Tupi e Sistema Globo. Escreveu em diários como O Globo, O Dia, Jornal dos Sports, Jornal do Brasil e Valor Econômico; além de Placar e Forbes, entre outras revistas. Na internet, foi editor da TV Terra (portal Terra), Portal AJato e do site do programa Auto Esporte, da TV Globo. Trabalhou nas áreas de economia e automóveis, entre outras, mas foi ao segmento de esportes que dedicou a maior parte da carreira. Lecionou em faculdades de Jornalismo e Rádio e TV. Colunista de O Estado de S. Paulo e da Gazeta do Povo, desde 2004 é comentarista dos canais ESPN e da Rádio Bandeirantes de São Paulo.

Sobre o blog

Trazer comentários sobre futebol e informações, eventualmente em primeira mão, são os objetivos do blog. O jornalista pode "estar" comentarista, mas jamais deixará de ser repórter.