Longe, Brasil, preguiçoso, joga mal, não vence. E isso vai na conta de Tite
Tite chegou à seleção brasileira em 2016. Estava em alta, e como! O então presidente da CBF até lhe aplicou um beijo na face enquanto o presenteava com uma camisa da seleção brasileira levando o nome da mãe do técnico, Dona Ivone Bacchi. O que colocasse como condição dificilmente seria recusado pelos cebeefianos, com a corda no pescoço enquanto, nas eliminatórias, Dunga sequer conseguia colocar o time canarinho na zona de classificação para a Copa do Mundo de 2018.
O treinador do Corinthians era necessário, a solução. E foi. Conduziu o Brasil ao Mundial com sobras, mas não correspondeu em gramados russos, perdendo prestígio, mas não o emprego. Nessa segunda chance, Tite vem mal, sua equipe não rende e a postura de vários jogadores é protocolar. Os atletas não são desafiados esportivamente, nitidamente cumprem uma obrigação e a motivação especial se restringe aos que buscam aproveitar as primeiras chances entre os convocados.
Embora não tenha mais a força de três anos atrás, o técnico mantém o prestígio, o mercado. Poderia, e deveria, ser a voz contra a realização de amistosos em locais sem sentido, como as pelejas em Cingapura diante de Senegal e Nigéria. Atuações fracas de atletas desestimulados, que viajam mais de 48 horas entre ida e volta, quando poderiam jogar em solo nacional ou até mesmo africano. Seriam partidas com maior motivação, em ambiente mais adequado, parecidos com jogos de verdade.
Quando a CBF e seus parceiros levam os jogadores de Tite para o outro lado do planeta, o treinador perde tempo. Tempo que poderia dedicar aos treinamentos e à convivência com os convocados para esses amistosos, que fazem jus ao rótulo. A postura, também amistosa, de Tite, que não se queixa, que não reivindica, pode se voltar contra ele. Por que indo a campo com tamanha preguiça e sem ajustes necessários, a seleção joga mal, não vence e tudo isso vai na conta do treinador. Não nas dos dirigentes.
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