Técnicos brasileiros ultrapassados? Jesus toca na ferida do corporativismo
"O treinador brasileiro já foi um pouco ultrapassado em tudo que diz respeito ao treinamento. Você acha que isso acontece por quê? Porque sempre tiveram grandes jogadores e esses resolvem os problemas táticos sozinhos. Os treinadores não foram obrigados a pensar e criar ideias coletivas. E acabaram sendo ultrapassados. Agora está começando a mudar. Eles querem todos vir para a Europa para entender nossa metodologia de treinamento. Mas as crianças brasileiras continuam a jogar na rua, e é na rua que a gente cria os talentos". A frase é de Jorge Jesus, à revista francesa "So Foot".
A entrevista, realizada em 2018, somente agora foi veiculada. Nela, o português tocou na ferida de técnicos (não confundir "de" técnicos com "dos˜ técnicos, o que caracterizaria generalização por parte do blog) brasileiros. As reações incomodam os que seguem em atividade, alguns por absoluta e inexplicável insistência, e até já aposentados. O agora rubro-negro fez tal análise quando era treinador do Al-Hilal, da Arábia Saudita. Ele sequer sonhava comandar o Flamengo meses depois, como aconteceu.
Mas nem por isso deixou de acertar, de certa forma não na mosca, por, nas palavras, ter dado margem ao entendimento de que generalizou. Mas entendo que ele sabe bem das diferenças existentes entre treinadores que agora enfrenta nas competições daqui. De qualquer forma, a opinião emitida faz todo sentido e a avaliação se encaixa em muitos dos profissionais brasileiros. O problema é que ao tocar nessa ferida, a reação acontece, por corporativismo ou dificuldade em reconhecer as próprias limitações.
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