VAR: puxão de camisa é pênalti contra o Flamengo, e nada contra o Botafogo
Não, a culpa não é do equipamento. Claro que, se bem utilizado, o recurso de vídeo pode melhorar o futebol, eliminar erros, dos óbvios aos crassos. Mas a máquina nas mãos erradas, despreparadas, gera desastres. Sim, desastroso tem sido o uso do VAR no futebol brasileiro.
Demora nas decisões, falta de critérios, a caça maluca por pênaltis… São inúmeras as situações irritantes protagonizadas pelo apito nacional com a possibilidade de uso do recurso de vídeo. Incapacidade escancarada pela eficiência incialmente demonstrada pelos apitadores da Premier League.
O campeonato inglês é o mais visto no mundo. E relutou até adotar o uso de vídeo para eliminar dúvidas. Foram cerca de dois anos de preparação, e o início foi animador, pela velocidade nas decisões e devido ao fato de o árbitro de campo não frequentar a cabine do VAR.
O trabalho feito inicialmente pelos ingleses passa o conceito de equipe, enquanto no Brasil os integrantes do time parecem não se entender. Por essas e outras a todo instante o apitador dá uma corridinha até a casinha onde um monitor de TV sempre o espera.
Em meio a lances discutíveis, como o segundo pênalti dado para o Bahia, contra o Palmeiras, há verdadeiras bizarrices. Sábado o puxão de Pablo Marí na camisa de David Braz resultou em pênalti, com uso do vídeo. Domingo João Paulo puxou ainda mais a de Braian Romero. O VAR não entrou em ação.
Douglas Marques das Flores e Marcio Henrique de Gois, o árbitro de vídeo, ignoraram o lance contrário ao Botafogo no jogo com o Athletico. No Maracanã, Braulio da Silva Machado acertou ao atender Rodrigo D'Alonso Ferreira, o homem do VAR, dando pênalti para o Grêmio, contra o Flamengo.
A falta de padronização da arbitragem evidencia o fraco (des)preparo. O que sábado foi falta dura e corretamente punida, domingo não mereceu sequer revisão. É mais do que necessária a tomada de providências que minimizem tantos problemas. Pois está difícil de aturar esse VAR…
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