Entre elitização e rendas milionárias, uma chance para o pobre ver futebol
Em meio à onda de elitização no futebol brasileiro, que resultou no público pequeno em jogos da Copa América, inclusive com alguns torcedores gritando "Defense", como na NBA, em Brasil 3 x 0 Bolívia, no Rio Grande do Sul há quem tente abrir espaços para torcedores banidos pelo bolso. Um projeto de lei foi protocolado sob o nome "Futebol para Todos". A ideia: disponibilizar ingressos das partidas de futebol a preços populares para pessoas em situação de baixa renda no Rio Grande do Sul.
A autoria é do deputado Gaúcho da Geral (PSD), personagem conhecido da arquibancada do Grêmio e eleito parlamentar com mais de 43 mil votos. O texto propoõe cobrar no máximo 20% do valor cheio do ingresso mais barato disponibilizado ao público não sócio dos clubes de futebol.
Não é só. Por iniciativa de um grupo de torcedores do Internacional chamado O Povo do Clube, o Internacional oficializou, há dois anos, seu programa de sócio torcedor para pessoas de baixa renda. A aprovação, no Conselho Deliberativo, da modalidade Academia do Povo aconteceu em junho de 2017, no primeiro mandato do presidente Marcelo Medeiros.
Perto de 3 mil colorados já foram cadastrados. Eles assistem às partidas do Inter no Beira-Rio pagando mensalidade de R$ 10 e ingresso ao valor fixo de R$ 10 por partida. Pode se associar quem comprova renda de até dois salários mínimos, beneficiários de programas sociais e estudantes de escolas públicas. Em média comparecem aperoximadamente 800 sócios dessa modalidade por jogo.
Os estádios no Brasil raramente lotam, não apenas na Copa América. Existem alternativas, soluções, mas poucos fazem algo para mudar tal cenário. Parecem preferir uma cadeira vazia na arena de Copa do Mundo do que um torcedor sem dinheiro no bolso, ali, apoiando o seu time de coração.
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