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Mauro Cezar Pereira

Fluminense mostra a Jesus o trabalho que o Flamengo vai dar

Mauro Cezar Pereira

10/06/2019 00h01

O técnico português Jorge Jesus na chegada ao Maracanã, onde viu o empate sem gols de seu novo time

Foi o quinto Fla-Flu do ano, o segundo a terminar empatado, em duas ocasiões os rubro-negros venceram e em uma, triunfo tricolor. Em comum, o equilíbrio em outros os confrontos, com alguma superioridade para um lado ou para o outro. No 0 a 0 deste domingo, no Maracanã, o time de Fernando Diniz foi melhor e fez por merecer a vitória, que não aconteceu.

Sim, houve um lance no qual um pênalti poderia ter sido marcado contra o Fluminense, mas o VAR sequer foi acionado após o desvio de Yuri, no tronco e no braço, aberto. Independentemente disso, é fato que o Flamengo não fez por merecer a vitória, ela esteve mais próxima do Fluminense, com domínio da maior parte do clássico, apesar de uma quantidade enorme de desfalques e uma defesa quase toda remendada.

Foram 58,7% de posse de bola tricolor, com 567 passes certos, contra 41,3% e 281 dos rubro-negros. Se a equipe dirigida pelo interino Marcelo "Fera" Salles finalizou 10 vezes, três no alvo, a de Diniz somou 17 arremates, meia dúzia deles na direção do gol. Não por acaso, o goleiro Diego Alves fez seis defesas, metade delas difíceis, como registra o Footstats.

A diferença entre os dois velhos rivais é grande, nos investimentos e na organização dos times. O Fluminense sofre com suas limitações e ainda assim é mais estruturado, capaz de ir além do que se imaginaria num confronto com um Flamengo rico e cheio de atletas caros, alguns renomados. É legado de Abel Braga, que deixou o comando da equipe há menos de duas semanas.

Jorge Jesus, o técnico português contratado para o lugar, esteve no Maracanã e viu de perto a (mais uma) má atuação dos rubro-negros. Ele já testemunhara outra, muito pior, em Belo Horizonte, onde o Flamengo perdeu para o Atlético, mesmo com um jogador a mais por todo o segundo tempo. Se ele tinha alguma dúvida sobre o quão trabalhoso será, certamente não a tem mais.

 

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Sobre o autor

Mauro Cezar Pereira nasceu em Niterói (RJ) e é jornalista desde 1983, com passagens por vários veículos, como as Rádios Tupi e Sistema Globo. Escreveu em diários como O Globo, O Dia, Jornal dos Sports, Jornal do Brasil e Valor Econômico; além de Placar e Forbes, entre outras revistas. Na internet, foi editor da TV Terra (portal Terra), Portal AJato e do site do programa Auto Esporte, da TV Globo. Trabalhou nas áreas de economia e automóveis, entre outras, mas foi ao segmento de esportes que dedicou a maior parte da carreira. Lecionou em faculdades de Jornalismo e Rádio e TV. Colunista de O Estado de S. Paulo e da Gazeta do Povo, desde 2004 é comentarista dos canais ESPN e da Rádio Bandeirantes de São Paulo.

Sobre o blog

Trazer comentários sobre futebol e informações, eventualmente em primeira mão, são os objetivos do blog. O jornalista pode "estar" comentarista, mas jamais deixará de ser repórter.