A seleção distante de uma CBF que explora o torcedor
Os ingressos para os jogos da seleção brasileira pela Copa América estão perto de se esgotar, mas não se percebe muito interesse do torcedor pelo time de Tite. Claro que 40 mil, 50 mil interessados nas partidas valendo três pontos serão alcançados, mesmo com os absurdos preços cobrados. O público que a CBF busca em partidas de sua equipe em território nacional é, há tempos, muito diferente do habitual das partidas de clubes. Miram quem tem grana para pagar caro e não costuma ser tão exigente quanto ao que se passa em campo. Basta, para muitos, ver de perto os famosos jogadores e tirar selfies.
Claro, nem todos os que irão a essas pelejas agem assim nas "arenas". Mas a opção por tal perfil é evidente, além de conveniente. Mas contra Catar, em Brasília, e Honduras, em Porto Alegre, reinou a indiferença. Foram 34.204 torcedores na partida contra o Catar, ocupando pouco mais da metade da capacidade do elefante branco que é o raramente utilizado estádio de Brasília. Plateia que caiu em mais de 50% domingo, na goleada sobre Honduras. Foram ao Beira-Rio 16.521 abnegados, encarando ingressos ao preço médio que beirou os R$ 73. Pior foi no Distrito Federal, onde o valor bateu os R$ 113!
Melancólico ver tantas cadeiras vermelhas vazias em ambos os estádios. Tantos são os que gostariam de ver em ação jogadores brasileiros que normalmente só é possível acompanhar pela televisão ou via internet. Mas a CBF não liga, o técnico aparentemente também, como seus atletas. Para todos pouco importa que ao redor da equipe cebeefiana não exista calor humano, mas sim lugares desocupados, clima gelado, torcida distante. Tão distante que praticamente não vai às partidas. Barrada pelo bolso e desestimulada pela falta de carisma de uma equipe cada vez mais fria.
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