Bahia começou a vencer o São Paulo três dias antes

O atacante Élber marcou, no segundo tempo, o gol que deu a vitória ao Bahia

No domingo, quando empataram sem gols no Morumbi, o Bahia foi mais perigoso e finalizou mais vezes o jogo inteiro, com 11 contra 11 em campo e depois que Toró foi expulso, deixando o São Paulo com dez homens. O tricolor paulista encarou dificuldades por praticamente todo o tempo, especialmente com os contra-ataques do time baiano, que tiveram início na manhã de domingo em jogo pelo Campeonato Brasileiro e terminaram no gol de Élber, abrindo o placar na noite de quarta-feira e dando a vitória pela Copa do Brasil.

Na ensolarada manhã dominical o Bahia arrematou 15 vezes contra 11 do São Paulo (oito a quatro no primeiro tempo sete para cada lado na etapa final). A equipe nordestina é mais "reativa", como admite o próprio Roger Machado, técnico adepto da posse de bola e que colocou a filosofia de mais passes trocados em prática no Grêmio antes da chegada de Renato "Gaúcho" Portaluppi. Foi assim que venceu o Corinthians, em Salvador, quase bateu os são-paulinos domingo e, enfim, obteve o triunfo na fria noite de quarta-feira.

Com mais posse de bola em ambos os confrontos, o São Paulo é um time que não se ajustou, longe disso, e corre contra o tempo. Foi mal contra o Flamengo reserva, quando empatou em casa, e em boa parte da vitória sobre o Fortaleza de Rogério Ceni, no Ceará. Cuca mudou a escalação entre um confronto e outro com o Bahia, mas ainda passa longe de um ajuste. Uma situação delicada para quem está, há anos, em jejum de títulos e não pode esperar.

O Bahia soube explorar isso e começou domingo a vencer o jogo de quarta. Tivesse mais qualidade ganharia os dois duelos, especialmente com as oportunidades que teve na parte final da partida pelo Brasileirão. Roger deverá dormir tranquilo, dando bons sinais de uma boa volta ao mercado depois de sair do Palmeiras, demitido. Ao mesmo tempo, não faltam razões para que dores de cabeça venham a atormentar o geralmente inquieto Cuca.