Flamengo sobrevive na Libertadores, mas precisa melhorar se quiser ir longe
Aos 29 minutos do segundo tempo, quando Anderson Julio assinalou o terceiro gol da LDU sobre o San José, em Quito, o roteiro de Penãrol 0 x 0 Flamengo era exatamente o mesmo de San Lorenzo 1 x 1 Flamengo, há dois anos, em Buenos Aires, também pela Copa Libertadores da América. Na ocasião, o Athletico vencia a Universidad Católica, no Chile, e os rubro-negros precisavam segurar o empate para avançar na Libertadores. Ao time argentino só interessava a vitória.
Os gols desperdiçados pelo Flamengo foram mera repetição do que vinha ocorrendo desde o Campeonato Carioca. Não foram raros os jogos nos quais a equipe teve inúmeras oportunidades, facilmente, contra as equipes pequenas especialmente, desperdiçando-as com a mesma naturalidade com a qual as criava. O ápice foi diante do Madureira, quando os rubro-negros finalizaram 32 vezes e venceram por 2 a 0 com um gol em impedimento e outro desviando na zaga do tricolor suburbano.
A tola (sim, é uma redundância) expulsão de Pará aos 19 minutos da etapa final deu o tom de dramaticidade desnecessária que faltava para o torcedor do time carioca. O que, sem exagero, era para ser uma classificação surpreendentemente tranquila, ganhou ritmo de thriller, para manter a tradição Flamengo. Tradição de sofrimento no certame em que coleciona fracassos. E teve ainda o gol inacreditável perdido por Vitinho nos acréscimos. Contra o Vasco, na final Estadual, em situação parecida, ele fez.
O Flamengo avança na Libertadores, mas deixa claro que tem imensos problemas a resolver. Mesmo quando joga bem (e o fez no primeiro tempo), joga mal. Sim, é difícil entender, mas é apenas isso. Um time que praticou bom futebol e perdeu tantas chances que não é absurdo dizer que foi mal quando foi bem. É a sina rubro-negra na principal competição internacional do continente, sempre colocando o coração do torcedor para testes e mais testes. É preciso melhorar para disputar o título. E muito.
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