Santos vence facilmente e expõe Vasco, fragilizado no pior momento possível

Marrony é combatido por Aguilar e Victor Ferraz na derrota do Vasco em Santos — Rafael Ribeiro/divulgação

Todo o período que pode ser encarado como pré-temporada foi embora. A fase de disputa dos campeonatos estaduais oferece a oportunidade de desenvolvimento dos times, é a possibilidade de equipes que disputarão o campeonato brasileiro e outras competições mais relevantes se ajustarem. O Vasco da Gama desperdiçou esses meses.

A conquista da Taça Guanabara na vitória (1 a 0) sobre o Fluminense, graças a um gol espírita de Danilo Barcelos proporcionou alegria aos vascaínos e escondeu, perigosamente, evidentes problemas que já existiam àquela altura. E que foram se agravando com resultados que se sucederam aquele jogo, amplamente dominado pelos tricolores.

Depois de algumas más atuações que irritaram a torcida e da derrota para o Flamengo em constrangedora atuação na primeira peleja decisiva do Estadual do Rio de Janeiro, o Vasco perdeu para o Santos. O jogo na Vila Belmiro pela Copa do Brasil escancarou ainda mais os defeitos de uma equipe sem conjunto e que mal troca três passes.

Vendo o Vasco de Alberto Valentim em campo, é impossível enxergar perspectivas minimamente animadoras. Ligações diretas, lançamentos para a correria de Marrony, faltas cavadas para Danilo Barcelos despejar cruzamentos na área rival… É isso o que se vê, nada mais. Aproximação, tramas ofensivas, jogadas coletivas inexistem.

Esperar o que desse Vasco? Ainda mais com o ambiente tenso pelos salários atrasados. O presidente Alexandre Campello tem o tempo tomado por temas políticos e pepinos financeiros, com isso o futebol fica nas mãos do diretor Alexandre Faria, desgastado com jogadores, como ocorre com o treinador.

Referência da equipe nos raros bons momentos em 2018, Máxi López sofre desgaste e foi barrado, assim como Bruno César, nesta partida diante do Santos. Em meio a tudo isso ainda existe a "Turma do Quiosque", que se envolve em contratações, e os ciúmes que a cercam. Se em campo o Vasco é um time confuso, fora dele não é tão diferente.

Domingo o time encara o maior rival no Maracanã. Para ser campeão carioca, terá que vencer o Flamengo por três gols de diferença, ou dois e ganhar a disputa de pênaltis. Três dias depois recebe o Santos pela Copa do Brasil em situação idêntica na luta pela classificação. No domingo seguinte a estreia no Brasileiro será em Curitiba, diante do Athletico. Algum motivo para otimismo?