Acuado, só se defendendo, Corinthians parecia time pequeno contra o Santos
Vitória do Santos por 1 a 0, classificação do Corinthians à final do Campeonato Paulista na disputa de pênaltis. O placar dos 90 minutos teve a assinatura de Cássio. O goleiro fez sete defesas. O domínio e imposição do time de Jorge Sampaoli chegaram a um nível que há tempos não se via em um clássico por aqui. E ficam importantes lições a serem tiradas desse duelo.
Elogiado pela forma como preparou sua equipe para os dois jogos mais recentes contra o rival (0 a 0 e 2 a 1), ambos em Itaquera, Fábio Carille se viu apenas pela segunda vez na condição de visitante em clássico neste Estadual. E o comportamento de seus jogadores lembrou o duelo anterior em tal cenário, ante o Palmeiras, no Allianz Parque, no dia 2 de fevereiro.
Já nos primeiros 45 minutos a pressão do Santos foi intensa e o Corinthians praticamente não jogou. Mais de 67% de posse de bola santista, oito finalizações, quatro certas, contra duas dos corintianos, nenhuma no alvo. O time de Fábio Carille despachou o perigo tantas vezes, que chegou a 24 rebatidas na primeira etapa. Fechou em 65, mas a média no certame era de 28
Esquálidos 64 passes certos trocaram os jogadores corintianos na etapa inicial (pela média do Paulistão chegariam a cerca de 180), contra 235 dos santistas. O Corinthians não conseguia jogar, tampouco parecia desejar a bola. Empurrado contra seu capo, foi apenas resignado ao se defender, deixar o tempo passar e contar Cássio barrando a pelota que ira para o gol.
Com 34 minutos do segundo tempo o Corinthians ainda não havia chegado a 100 passes certos. Eram exatos 99 contra 428 do Santos, que finalizara 19 vezes (10 certas) contra duas (ambas erradas). Uma disparidade em campo que não combina com o poderio dos elencos, a qualidade dos jogadores. Por que tamanha diferença entre os dois times?
Quando Gustavo Henrique fez 1 a 0 os santistas chegaram a 23 finalizações contra três do adversário, em 86 minutos de futebol. A posse de bola? Já batia a casa dos 70%. Passes? Eram 455 a 117. Os números do Footstats não pareciam de um clássico, mas de um confronto do grande contra o pequeno, do rico contra o pobre, quando na verdade esse contexto não havia.
Classificado nos pênaltis após dois confrontos, o Corinthians avança à sua maneira. Mas os generosos elogios a Fábio Carille nas últimas semanas agora parecem exagerados. Se em casa ele causou desconforto em diferentes momentos a Jorge Sampaoli, atuando como visitante foi mais do mesmo, o que se vê por aí, nada além. Parecia time pequeno, não o Corinthians.
Aos santistas, além do amargo gosto de uma classificação injusta, fica a esperança de alegrias com uma equipe montada do zero pelo argentino em três meses. Se a evolução prosseguir e questões político-administrativas não atrapalharem, o Santos dará trabalho e vencerá jogos grandes no Brasileirão. Quanto ao Corinthians… "Certo é que sabe sofrer", como dizem tantos boleiros
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