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Mauro Cezar Pereira

Mal treinado e inexplicavelmente sem Arrascaeta, Fla perde e se complica

Mauro Cezar Pereira

04/04/2019 00h54

Redes sociais do Peñarol celebraram a vitória sobre o Flamengo no Maracanã cheio pela Libertadores

Se vencesse o Peñarol, o que passou longe de acontecer, e na próxima quinta-feira a equipe do San José, no Rio de Janeiro, o Flamengo chegaria a 12 pontos em 12 possíveis e estaria matematicamente classificado para as oitavas de final da Libertadores, além de muito próximo do primeiro lugar em sua chave. Como perdeu para os uruguaios, parou nos seis e não irá além de nove quando encerrar sua quota de jogos em casa contra a equipe boliviana. Isso fará com que o planejamento seja radicalmente alterado.

Inicialmente, caso seguisse 100% na Libertadores, os rubro-negros esperavam usar titulares prioritariamente contra o Fluminense, sábado, na semifinal do Campeonato Carioca. Chegando à decisão do campeonato estadual (jogos em 14 e 21 de abril), a comissão técnica deixaria os titulares no Centro de Treinamentos e levaria reservas a Quito, onde terá a LDU com adversário, dia 24. O propósito seria buscar o título carioca e estrear no Brasileiro com força máxima, diante do Cruzeiro, no Maracanã, peleja marcada para 28 de abril.

A ideia seria tratar com a maior importância possível o duelo com o bicampeão da Copa do Brasil, visto como um dos principais candidatos à luta pelo título da Série A. Com a justa derrota para o Peñarol, essa estratégia vai para o espaço. O Flamengo provavelmente precisará buscar a classificação em Quito, contra a LDU, ou em Montevidéu, diante dos carboneros. O jogo da noite de quarta-feira no Rio de Janeiro foi mais uma comprovação de que, mal treinado, o time rubro-negro regrediu em relação a 2018, mesmo com reforços.

A principal das contratações do ano, Arrascaeta, ficou no banco, mesmo diante de uma defesa fechada e sendo o uruguaio aquele que mais reúne qualidades e características para furar um bloqueio como o proposto pelo rival. As explicações de Abel Braga na entrevista coletiva após a derrota foram vazias, nada convincentes. Alegar que falta entrosamento ao ex-cruzeirense e que a hora dele chegará é um desafio à inteligência alheia. Se o pivô da mais cara negociação (€ 13 milhões) entre clubes brasileiros não está apto a entrar em uma jogo desses, por que o contrataram?

Fato é que os problemas de saúde enfrentados pelo treinador na semana passada e a vitória dos suplentes sobre o Vasco,  nos pênaltis, que valeram a Taça Rio, ofuscaram o óbvio: o time não joga bem. Coube ao Peñarol mostrar isso. E ficou mais fácil sem enfrentar Arrascaeta, que desde pequeno torce pelo carbonero. Só falta alguém alegar que por isso não foi a campo.

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Sobre o autor

Mauro Cezar Pereira nasceu em Niterói (RJ) e é jornalista desde 1983, com passagens por vários veículos, como as Rádios Tupi e Sistema Globo. Escreveu em diários como O Globo, O Dia, Jornal dos Sports, Jornal do Brasil e Valor Econômico; além de Placar e Forbes, entre outras revistas. Na internet, foi editor da TV Terra (portal Terra), Portal AJato e do site do programa Auto Esporte, da TV Globo. Trabalhou nas áreas de economia e automóveis, entre outras, mas foi ao segmento de esportes que dedicou a maior parte da carreira. Lecionou em faculdades de Jornalismo e Rádio e TV. Colunista de O Estado de S. Paulo e da Gazeta do Povo, desde 2004 é comentarista dos canais ESPN e da Rádio Bandeirantes de São Paulo.

Sobre o blog

Trazer comentários sobre futebol e informações, eventualmente em primeira mão, são os objetivos do blog. O jornalista pode "estar" comentarista, mas jamais deixará de ser repórter.