Com Leco isolado, Conselho do São Paulo quer passar "pente fino" no futebol
A noite de terça-feira foi marcada por tensa reunião do Conselho Deliberativo do São Paulo. Isolado, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, foi duramente cobrado. Conselheiros querem a formação de uma comissão independente que passe um "pente fino" e verifique tudo o que envolve o futebol, por sinal sem representantes no agitado encontro.
O presidente não teve a companhia de quem dirige o departamento, já que não compareceram o executivo de futebol, Raí; o diretor de relações institucionais, Diego Lugano; tampouco o gerente Alexandre Pássaro. E um dos pontos mais importantes dos debates envolveu justamente ações capitaneadas pelos profissionais do setor, em especial uma contratação.
O parecer do Conselho Fiscal foi forte, questionando as cifras envolvendo a compra dos direitos de Diego Souza, em 2018. Embora tenha sido noticiado amplamente que o atleta oriundo do Sport Recife teria custado R$ 10 milhões, o valor seria superior a R$ 13 milhões, com luvas e comissões (R$ 1,460 milhão a dois empresários), como detalhou o UOL Esporte.
A insatisfação de muitos passa pelo que é considerado má utilização do dinheiro do clube, com tamanho investimento em um atleta de, então, 32 anos, por quantia bem superior aquela que seu ex-clube desembolsou para tê-lo. E liberado, sem custo para o Botafogo 14 meses depois. A reunião teve momentos constrangedores com a apresentação de tais números.
Leco sugeriu a criação de uma comissão dele, para analisar todo o cenário. Citou três pessoas, duas sequer estavam presentes, incluindo integrantes da oposição. No entanto, o Conselho de Administração não aceita que a tarefa fique a cargo apenas de um trio formado pelo presidente, e insistirá na formação de uma equipe independente que faça o trabalho.
Seria o "pente fino" no futebol tricolor, uma análise técnica, não se os jogadores contratados e vendidos são bons ou ruins, mas se cada negócio faz sentido, se as práticas foram boas. Além disso, a proposta inclui uma devassa no departamento, se o número de pessoas trabalhando no Centro de Treinamentos é o ideal, custos, funções dos profissionais etc.
A ideia é checar se há algum tipo de disparidade orçamentária, se as vendas e compras de jogadores envolvem valores adequados. O Conselho de Administração quer examinar de maneira técnica os aspectos contábeis, orçamentários e a situação do futebol no clube. Para isso, se reunirá em até 15 dias e vai pedir uma resposta de Leco ao requerimento feito.
Em meio a tamanha crise, há quem peça a renúncia de Carlos Augusto de Barros e Silva. Ele refuta tal proposta, e garante: irá até o fim do mandato, que terminará em 31 de dezembro do próximo ano. Dos 240 conselheiros, perto de 100 compareceram à reunião na noite de terça-feira. E as próximas provavelmente serão ainda mais quentes.
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