Incêndio faz um mês no Dia da Mulher e presidente do Fla segue licenciado

O  incêndio do Centro de Treinamentos (CT) do Flamengo que matou dez meninos dos times de base completa um mês. É a dor mais profunda e a ferida que jamais irá se cicatrizar, independentemente de indenizações, advogados e acordos, que pelo menos podem atenuar isso. Por um capricho do destino, a data acontece no Dia Internacional da Mulher, como se fosse (mais) um alerta para algo tão trágico, absurdo, e vai marcar as mulheres que colocaram aqueles garotos no mundo por cada um dos dias que restarem em suas vidas.

O clube chegou a um acordo com uma das famílias e negocia com outras cinco. Na próxima semana espera avançar no sentido de chegar a um consenso. Ainda assim, mesmo que feche com todas, restarão quatro outras. Não, esse assunto não sairá da pauta tão cedo, e nem pode, como ocorre com tantas outras desgraças que nos machucam e em seguida desaparecem do noticiário, ofuscadas por outras, mais recentes. E o povo logo depois nem lembra mais do que se passou, numa macabra banalização das calamidades.

Em rede social, Flamengo lembra a data: o presidente segue licenciado do cargo

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Se as conversas na direção de um acordo com os familiares ocorrerem na semana que vem, ainda será com o presidente do Flamengo afastado. Rodolfo Landim tem seu retorno previsto para o dia 16, após se licenciar antes do carnaval por razões particulares, segundo o próprio clube. Enquanto viaja e os dirigentes que antecederam a sua gestão e inauguraram o CT permanecem calados, as mães dos meninos sofrem no Dia da Mulher. E sofrerão nos demais dias. Dor que se acentua com esse acordo que não acontece.